jogo de familia

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Felizmente não havíamos nós sujado, o chão foi muito fácil de limpar.

Bakugou sai primeiro, como o seguindo como um cãozinho pidão. Não podia evitar, ele é o meu amor.

— Kirishima — murmurou Bakugou para mim, com sua voz rouca e grossa — por que está tão grudento?

Então notei que estava bem proximo dele do que deveria, que incômodo.

— não íamos visitar o hotel do seu tio? — ele sussurrou rindo.

— mas não é exatamente um hotel — comecei a explicar — tá mais para casa noturna aquele lugar.

Bakugou virou repentinamente, me roubando um beijo. Em seguida sussurrando eu meu ouvido.

— sobre aquela sua pergunta de antes — ele fez uma pausa para rir — é óbvio que eu sou o ativo.

Apenas concordei. Mas tinha sérias dúvidas sobre o "óbvio".

— será que dói? — me questionei assim que Bakugou se afastou.

Não pude ver sua reação, mas era óbvio que ele estava achando graça.

Restaram poucaquissimas pessoas da minha família ali, apenas meus pais e poucos tios. Todos com criança já haviam ido para casa.

— Katsuki — gritou meu pai chamando atenção — venha aqui, vamos jogar um jogo.

— que jogo? — perguntei me aproximando de meu pai, com Bakugou logo a minha frente.

— é uma brincadeira do meu país natal — disse meu pai, ele amava lembrar que era brasileiro — sentem lado a lado. Lavínia vem aqui!

Minha mãe e minha madrasta estavam sentadas juntas, de mãos dadas, ao lado do meu pai que gritava por sua irmã. Era bonito o quanto ele não se incomodava ou sentia ciúmes das duas.

Quando minha tia sentou ao lado de meu pai ele decidiu explicar o jogo.

— funciona assim — começou ele explicando — eu vou dizer "a baratinha voou e voou, e caiu no Bakugou" por exemplo, então o kirishima tem que o defender e dizer "na do bakugou não, dá Lavínia" e assim até acabar. Vocês tem só três segundos para responder.

Era uma brincadeira infantil brasileira, mais parecida bem divertida.

— eu começo — disse minha mãe — a baratinha voou e voou, e caiu no Kirishima.

— no Kirishima não, no pai dele — Bakugou disse confiante, ele era muito competitivo.

— do Caio não, do Kirishima — rebateu minha tia.

— do Kirishima não, da mãe dele.

— da Keli não, do Kirishima — disse minha madrasta rindo.

— isso é perseguição — choraminguei enquanto Bakugou rebatia.

Acabei me distraindo, até levar um tapa de Bakugou.

— o que foi? — perguntei, antes de notar que minha tia havia rebatido para Bakugou.

— perderam — disse meu pai rindo.

Olhei para Bakugou, ele estava bravo.

Teria de passar o resto do dia grudado em seu pescoço para que ele me perdoasse.

a melhor voz ( kiribaku ) [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora