Capítulo V

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Os dias na escola estavam passando rápidos demais, na verdade o tempo estava correndo, e eu não sei se aquilo era bom. Já estávamos quase no final do mês de outubro, e eu nunca vi uma pessoa tão relacionável e social quanto Alioth.

As vezes acho que ele forçou os meus amigos, ou pagou para serem legais, porque é impressionante a forma como eles se deram tão bem em tão pouco tempo.

O que aconteceu foi que Anne e Alioth eram colegas do curso de jornalismo, - não julgando a profissão, mas eu acho que eles só entraram nessa por serem grandes fofoqueiros e gostarem de saber da vida dos outros - e a escola havia criado um jornal estudantil no qual os dois eram líderes.

Eu havia escolhido o curso de fotografia, o qual sempre foi minha paixão, desde muito pequena já pegava a câmera que meu pai tinha e saía pelo quintal tirando foto de todas as plantas, das gramas, do céu, das borboletas, das gaivotas que sobrevoavam o local.

Lívia estava no curso de botânica, era seu primeiro ano de uma duração de 2, ela estava muito feliz e vez ou outra chegava em casa com uma muda de planta ou uma semente diferente. Kaleb por sua vez arriscou na área do artesanato. Todas as sextas ele chegava com uma arte diferente para nós, tenho uma série de bonequinhos confeccionados por ele na minha cômoda do quarto.

As aulas do curso funcionavam nas três últimas aulas da sexta-feira, e nos sábados a escola era aberta para receber pessoas de fora que gostariam de praticar também.

Meu estômago doía de fome, apesar de ter comido uma torta de legumes no horário de almoço, parece que não fixou a comida na minha barriga. Depois de encher a garrafinha de água, segui para o curso e ao chegar na sala vejo várias câmeras espalhadas pela mesa do professor, o qual sorria de orelha a orelha e ao me ver entrar disse um bom dia alto e animado.

— Acho que vocês devem estar se perguntando o porquê desse monte de câmeras. Mas antes, queria relembrar vocês o que nós estudamos semana passada. A gente viu que a primeira fotografia propriamente dita foi do Tio Zé, famoso francês Joseph Niépce que estudava desde 1817 as propriedades do cloreto de prata sobre o papel. Mas também sabemos que a invenção da fotografia não é obra de um só autor, mas de vários avanços de estudos das pessoas durante o tempo. Aqui eu tenho algumas câmeras, essas belezinhas são da escola, serviço de doação e muito suor do diretor e dos professores. Vamos fazer um trabalho, algumas pessoas vão fazer individual ou em grupo, como que a gente vai definir isso, vocês tem alguma ideia? — O professor Eric perguntou e esperou alguém responder.

— O mais fácil é um sorteio. — Uma garota do fundo da sala respondeu e o professor Eric repensou a ideia e por fim assentiu.

— Alguém tem outra ideia? — Silêncio constrangedor. — Tudo bem, então será sorteio. Temos 10 câmeras, vou escrever os nomes e a quantidade de pessoas no trabalho. Podem ficar tranquilos.. por enquanto. 

Observo as câmeras ali presentes, e percebo que quem doou essas câmeras tem uma grana boa. Espero que não dê ruim para ninguém com essas câmeras, são visivelmente caras.

As pessoas na sala transitavam de um lado para o outro, algumas estavam ajudando o professor, outras estavam conversando e outras estavam jogando.

— Voltando galera, preciso que venham aqui os 10 primeiros alunos da chamada. Agnes, Annette, Brianna, Chloe, Douglas, Ethan, Elisa, Francis, Hector e Isaias. Por favor, escolham um papel.

A Felicidade Sob EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora