Capítulo 7

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Babi

  Acordei umas 10:13, hoje é segunda feira e eu tenho que sair pra procurar emprego, não posso deixar minha irmã bancar a casa sozinha. Levantei, tomei um banho, escovei os dentes, penteei meu cabelo, vesti uma calça jeans clara e um body preto de manga curta sem decote, calcei uma melissa baixinha e fui procurar o que comer na cozinha. A Bia tinha ido pra casa do Paçoca, mora mais lá do que aqui pelo jeito, mas nem ligo, gosto da minha companhia. Depois que comi meu pão e tomei meu café, voltei ao banheiro pra escovar os dentes, peguei minha bolsa, minha carteira, e fui pra rua tentar achar algum trabalho. Decido ir nas padarias e mercadinhos que tem aqui, mas sem sucesso. Depois de um tempo, resolvi ir na boca para ver com o Menor se ele sabia de algo para eu poder trabalhar.  A última coisa que eu queria era falar com ele depois do que ele fez ontem, mas é minha única alternativa.

Cheguei na boca e todos começaram a olhar pra mim, nem liguei, chamei o TH pra perguntar do Menor

Babi: E aí, Menor ta aí dentro? Avisa pra ele que quero falar com ele

TH: Não acho uma boa hora você entrar não, morena - falou com um sorrisinho de lado

Babi: Por que? Esse cara só fica sentado o dia inteiro - fui andando até escutar uns barulhos vindo da sala dele, quando chego mais perto, escuto gemidos. Abro a porta e me deparo com ele comendo uma garota ruiva - Menor, para com essa putaria que quero falar contigo rápido.

Ruiva: Não ta vendo que ele ta ocupado? Volta outra hora, piranha - falou olhando pra mim com raiva

Babi: Piranha? Tem certeza que não inverteu os papéis? - falei rindo

Menor: Chega, Babi. O coisinha, vaza. - falou colocando as calças

Ruiva: Coisinha? E você vai mesmo me dispensar? - falou confusa

Babi: Não ouviu não? Ou seus gemidos fizeram tanto eco que te deixaram com problema de audição e entendimento? - disse apontando pra porta, olho pro Menor e ele está rindo olhando pra mim e apertando um baseado.

A Ruiva foi embora deixando eu e o Menor sozinhos na sala, fechei a porta e fui sentar na cadeira da frente pra ele.

Menor: Desenvolve, já atrapalhou minha foda, não me faça perder tempo com papinho - falou levantando e pegando um whisky com gelo de côco

Babi: Você sabe algum lugar que esteja contratando pela favela? - fui bem direta

Menor: Você e a Bia tão precisando de algo? 

Babi: Não! Mas preciso trabalhar pra comprar minhas coisas, né Menor, vou ficar nas custas da Bia pra sempre? - falei irônica

Menor: Po, não acho uma boa você trabalhar pela favela não, esses caras ficam te secando demais, não quero. - falou firme

Babi: Você não quer? Menor, desde quando você manda na minha vida? Você mesmo me chamou de interesseira, nada mais justo que me arrumar um emprego. - falei brava

Menor: Ou, eu falei com a cabeça quente caralho, não te acho interesseira. Tu é diferente e pa, nem quer ficar mais comigo... - falou dando um gole

Babi: Trate de me arrumar um emprego, quero pra essa semana se possível - falei rindo e dando um trago no baseado

Menor: Tu manda no que aqui, porra? Manda nem na casa que tu mora. Da um tempo você. - falou seco - To indo pra casa, quer carona? - falou se levantando e dando o ultimo gole no copo

Na Mira do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora