Capítulo 11 - Memórias

16 1 0
                                    

Aquela sensação foi muito estranha, fazia muito tempo que não me imaginava abraçando meu pai. Eu quando era criança, sempre me imaginava com ele, com ele chegando e falando que nunca mais iria embora. Até o momento que eu deixei de esperar por ele, e sentir ódio por ter me abandonado com Joana.
E eu estava ali, de joelhos o abraçando.

- Obrigado Hans, obrigado - Falou Wolfgang em meu ouvido.

- Tudo bem agora levanta.

Nós levantamos, ele limpou as lágrimas do rosto, e falou:

- Espero que tenha me entendido filho.

- Estou tentando Wolfgang. - Respondi

- Obrigado, é importante para mim.

Nós nos despedimos e ele me falou para treinar, e ficar atento porque a qualquer momento poderia anunciar minha primeira missão.
Saindo do castelo, fiquei andando por Harmonie sem saber para onde ir. Pensando no que Wolfgang havia me falado. Será mesmo verdade? Eu devia confiar nele? Ele fez isso tudo, cometeu suicidio para me salvar no pós vida?
Consigo entender uma mente perturbada, pois eu tive uma.
Estava na ponte do Rio Rijeka olhando aquelas aguas cristalinas, quando chega Lucas e Marie

- Ooooooiiii - Me chamou Lucas acenando com a mão.

- Eai... - olhei para os dois acenei com a cabeça e voltei a olhar o rio

- Hans, onde você estava menino? Marie e eu rodamos por todos os lugares atrás de você.

- Eu estava no castelo, estava falando com Wolfgang.

- Alguma coisa importante? - Perguntou Marie.

- Não, nada sério...deixa pra lá. - Respondi, cruzei os dedos e abaixei minha cabeça.

- Você não tá bem Hans, nem tenta dizer que não. - Falou Lucas

- Só um pouco pensativo, nada demais

- Tudo bem, mas precisa levantar esse astral - Lucas me responde

- É verdade - Concordou Marie

- Tô tranquilo gente, de verdade.

- Não tá não, e como bons amigos, não iremos deixar você assim! - Fala Lucas, e me puxa pelo braço.

Começamos a andar por Harmonie, procurando algo para fazer, éramos Lucernas, mas ainda sem um posto tarefas para cumprir. Quando Lucas para e fala.

- Já sei meninas, vamos para o quarto do Hans e vamos colocar a fofoca em dia!

- Como assim? - Perguntou Marie

- Vamos falar sobre nossas vidas, o que fazíamos, e o que achamos de Harmonie. Nós descontrair.

- Não sei se estou muito afim disso não Lucas - Comentei

- A gente não precisa falar de como morremos nem nada disso, só relembrar como era a vida na terra, e como aqui é muito melhor

Com muita resistência acabei aceitando, no caminho passamos em frente ao QG dos Lucernas e peguei algumas maçãs na macieira aonde eu tinha jogado a maçã no chão

- Temos que dar um nome para essa macieira. - Comentou Marie

- Macieira dos Três. Esse será o nome, sempre que precisarmos nos sentir melhor, saber que existe nós três, e que nos importamos uns com os outros. - Falei olhando os dois e sorri

Partimos para meu quarto, Lucas sentou no chão, Marie e eu na cama.

- Bom, temos um suquinho de laranja, bolachinhas, e maçãs, bem que poderia ter uma cervejinha né? - Falou Lucas.

Hans BrachmannOnde histórias criam vida. Descubra agora