Sem toques

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Jungkook caminha sem pressa pelo corredor e adentra no escritório, seu olhar está estranho, como se um sentimento ruim o dominasse sem sua permissão.

O moreno pega uma garrafa de vodka em seu frigobar perto da mesa de vidro. Suas mãos tremem, como nunca tinha visto antes.

O passado está na mesma casa com ele, Mary! E ela ao menos se lembra. Como poderia ser possível, perder algo que foi tão marcante?

Jeon não demora a tomar a taça cheia de vodka, o liquido desce em sua garganta a queimando, mas não aliviando seus sentimentos.

Nunca aliviaram.

Ele quer tentar esquecer o que foi capaz de fazer, tudo por causa de Tae.

Seu estado de embriaguez já começa a ficar visivel, mas não se importa. Jeon não quer saber de formalidades agora, nem o que seus empregados podem pensar de si quando sair do escritório. 

Jamais pensou em chegar nesse estado, mas com Mary tão perto de si fica quase impossível não enlouquecer.

A bebida lhe domina, ao tentar com afinco controlar seus sentimentos.

A noite surge, Jeon quase não viu as horas se passarem ao cair em um sono profundo por conta da bebida.

Seu corpo repousava sobre o sofá de couro perto da sacada de vidro que ali encontrava. Seus sentidos ficam aflorados quando percebe o silêncio e a escuridão no local a fora.

Ao pegar o celular repara que já passou da meia - noite. Mary surge em seus pensamentos, como será que ela passou o dia? Poderia ser preocupação que lhe dominava, ou também algo a mais, entretanto faz muito tempo que ele não sentia esse sentimento.

O mafioso tinha que admitir. Além de atraente e delicada a garota guardava uma personalidade muito forte.

Jungkook caminha rumo ao corredor escuro e sorri levemente ao adentrar o quarto, trancando a porta atrás de si sem fazer barulho. 

Mary dormia sobre a cama, o abajur
estava acesso, logo ela percebe o movimento seus olhos se abrem levemente ao observa-lo.

— ... Olá Mary! - aproxima Jeon vagamente da beirada da cama, e se senta. — Não se assuste, não farei nada. – ri sem jeito, ao vê ‐ la recuando e encolhendosse nas costa da cama. — Preciso fazer algumas perguntas para você...

— Tenho escolhas ao responde? — Ironiza, de propósito.

— Não, necessariamente. Mas ficaria feliz se dividisse algumas coisas comigo. – Responde o moreno paciente, com um sorriso simples, mas ao mesmo tempo intrigante. — Onde você conheceu Tae?

A pergunta pega Mary de surpresa, ela exita, mas não viu perigo ao responder.

— Conheci ele durante as férias em uma praia paradisíaca. Eu estava com meus pais quase o tempo todo, somente alcançava minha liberdade a noite saindo escondida e se aventurando dentro do grande hotel, gostava de ficar um pouco na piscina na madrugada. E foi então que um certo dia tinha alguns rapazes lá, e entre eles Tae. A gente começou a conversar e desde lá ficamos unidos, ele sempre foi sincero com o que era envolvido, e por isso me protegia ainda mais.

O brilho no olhar da garota mostra o quanto o amava, mas Jungkook não se sentia confortável, tinha algo nessa história.

— E quanto aos seus irmãos? — Jeon pergunta analisando.

— Sou filha única, por isso eram tão protetores comigo. — Responde pensativa.

Jeon não entende, como ela é capaz de mentir com tanta sinceridade. E logo pensa alguma forma de persuadi-la, apesar de conhecer muito bem suas expressões.

— Por quê está mentindo para mim sobre coisas fúteis? — Jeon tenta se controlar, mas a raiva fala mais forte. Rebate com o timbre da voz grave, a encarando.

Mary está assustada, mas ainda sim mantém sua postura. Não se deixaria vencer, ele poderia estar fazendo algum jogo com ela. Logo o moreno percebe na silada que adentrou ao pegar Mary de Taehyung.

— Então... — Jeon ri nervoso, ao ver que tudo que lhe contaram poderia ser verdade. – Você não se lembra de nada mesmo, não é?

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