capítulo quatro: éter

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ÉTER

( personificação do céu superior, o ar elevado, puro e brilhante, respirado pelos deuses

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( personificação do céu superior, o ar elevado, puro e brilhante, respirado pelos deuses. )

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POV: Terceira Pessoa

O sol bate na pele de Vênus, fazendo com que pareça ter algum tipo de doença purulenta, como se cada raio minúsculo de sol estivesse lentamente corroendo sua pele até que ela não passasse de um esqueleto deitado entre folhas, insetos e flores. 

Inferior, Vênus sabe que não pode viver dentro de sua mente por muito mais tempo, mas oh, como ela deseja fantasiar em seu pequeno mundo. 

No entanto, embora um sorriso enfeite suas feições, ela não pode evitar os calafrios que percorrem seus ossos ao criar cenários da conversa que terá em apenas algumas horas. Então, em vez de se deitar sob o sol da manhã, ela pega algumas roupas e se encaminha em direção a porta. 

── Bom dia Ártemis! ── Ela cumprimenta alegre. 

── Bom dia, que livro é esse na sua mão? Posso ver? ── Ela pergunta com seus olhos curiosos direcionados para a cópia de "Romeu e Julieta" que a mais velha carregava. 

── Claro. ── Vênus entregou o texto despreocupadamente. Ártemis no entanto, após alguns segundos observando a capa do livro, o devolveu para a irmã mais velha enquanto balançava a cabeça negativamente. 

── Eu esqueci que não sei ler. ── Ártemis disse, provocando uma risada na loira.

── Se arrume rápido, vou fazer panquecas para você antes da escola. ── Vênus continuou animadamente, enquanto Ártemis corria em direção ao próprio quarto com um sorriso contagiante.

A loira não tinha planos empolgantes para o dia, então apenas iria passear pela cidade ou qualquer futilidade inútil. 

Tudo estava ótimo.

Bom demais para durar tempo o bastante.

O toque estridente de seu celular interrompeu o silêncio da cozinha em que ela se encontrava, enquanto Vênus lia imperiosamente a palavra 'pai' na tela de seu telefone, subtraindo qualquer resquício de alegria do rosto, a empurrando diretamente para a depravação.

Provavelmente alguma reclamação sobre como ela era inútil, o de sempre.

Vênus se ergueu com ombros largos enquanto esperava que seu pai a conduzisse ao asco, suas poucas palavras a ferindo como adagas. 

Enquanto ela se levantava, podia sentir as palmas das mãos começando a suar com a tensão que estava quase visivelmente flutuando pelo corredor. 

À distância, o som do relógio tiquetaqueando ficava mais alto a cada segundo insuportável que passava e Vênus a tinha o desejo de apenas quebrá-lo no chão e destruir todos os vestígios do tempo, porque a cada segundo que passava ela tinha a sensação de que estava decaindo enquanto ficou ali, sua pele derretendo lentamente em seu corpo, seus ossos se desintegrando lentamente. 

✓ | 𝖛𝖊𝖓𝖚𝖘 , ( elijah mikaelson )Onde histórias criam vida. Descubra agora