capítulo 11- Sweet Illusion

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Pov's Juliette Freire

"O que faz aqui?"

Aquilo só podia ser loucura! Fechei os olhos algumas vezes para tentar ver outra pessoa, mas era ela. Sarah estava parada em frente a minha porta com os braços encostados na soleira, usava um diferente vestido de hoje mais cedo - agora era azul - sobre ele, apenas seu sobretudo negro - aberto - mostrando o leve decote do vestido. Seus cabelos ainda estavam soltos, desgrenhados e extremamente sexy. Eu a fitei por longos minutos, ela não parecia estar normal, talvez tivesse bebido, só isso explicava.

- Senhora, que faz em minha casa? - Perguntei.

- O que eu faço? Vim atrás de explicações Juliette. Ou melhor, July.

No instante em que ouvi aquele nome sair de sua boca, eu senti todo o sangue do meu corpo parar para logo correr sobre minhas veias, bombeando meu coração tão rápido, que podia ouvir suas batidas em meus ouvidos. Eu sentia meu corpo suar, a voz sumir, ela havia descoberto. A única duvida era: como?

- Como a senhora...

- Não importa como eu descobri. - Ela foi rápida e firme. - Achou que iria me enganar?

Sarah tinha um brilho diferente nos olhos, estavam escuros e ferozes. Ela em passos lentos se aproximou, me acuando entre a parede. Dei alguns passos para trás até sentir minhas costas baterem contra o concreto.

- Eu não tive a intenção, Sarah.

- Foi bom? Brincar comigo desse jeito?

Eu não sei o que sentia naquele instante. Sarah estava em minha frente com um sorriso diabólico, entrando num jogo no qual eu não conhecia. O que ela queria de mim?

- Não quis. Apenas aconteceu... - Falei dando alguns passos para dentro do apartamento.

Fiquei calada, enquanto a mesma me fitava.

- Você não devia ter feito isso, Freire. Não devia. - Ela falou.

Eu sentia que meu coração queria rasgar meu peito de tão forte que batia. Nesse exato momento eu estava encostada na soleira da porta, com a mulher cujo olhar era destruidor me fitava. Ela tinha uma mistura de raiva, ódio, desejo e tesão. Era possível em plena tensão eu me sentir atraída por ela?

- Eu sinto muito... - Sussurrei.

- Não sinta. Não se arrependa feito uma covarde. - Sua voz era cortante. - Eu vou lhe ensinar a não mentir para mim.

Sarah levou as mãos até meus cabelos calmamente, colocando as finas mexas para trás e deixando meus ombros livres. A mesma acariciou a pele desnuda, subindo pela extensão de meu pescoço, até chegar sobre meu rosto. Encarando meus olhos que gritavam por ajuda, ela sorriu maliciosa.

- Sarah... - Sussurrei.

- Shii... - Seus dedos foram de encontro aos meus lábios. - Calada. Acha que vai brincar comigo e sair impune, Freire. Você não me conhece.

Ela falou tão próxima de mim, que eu pude sentir seu hálito sobre meu rosto, cheirava a uísque. Engoli em seco quando suas mãos foram de encontro a minha cintura, apertando a mesma com vontade.

- Me desculpe...

Não havia perdão para Sarah. Ela agora me comia com os olhos, esperando o momento certo para me atacar feito um felino raivoso.

- Eu não desculpo ninguém! Eu vou te ensinar a não mexer comigo Juliette.

Sarah segurou rapidamente em meus cabelos, puxando minha cabeça para beijar meus lábios com raiva, com força. Eu não pensava. Eu só sabia sentir medo, tesão e pavor do que ela faria, mas a vontade de continuar era presente. Suas mãos apertavam as mexas do meu cabelo com força me fazendo sentir uma dor prazerosa, enquanto seu corpo prensava o meu sobre a soleira da porta com vontade. Era tudo selvagem e alucinante. Sarah sugava minha língua rapidamente, provando de tudo que podia até sentir que seus pulmões não agüentavam mais. A mulher parou o beijo mordendo meu lábio inferior com força, eu poderia jurar que saía sangue.

The Stripper - sarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora