capítulo 31-Confronto

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Pov's Sarah Andrade

- Juliette Freire July

- Não...

Nâo é possível!

Eu caminhei em direção à portaria, andando de um lado para o outro tentando me convencer da estúpida ideia de subir e acabar com toda aquela farsa. Olhei entre os vãos da grade não vendo nenhum sinal de July. Eu não podia fazer isso, eu não era impulsiva e emotiva, mas, naquele instante, meu corpo gritava por respostas imediatas, mas eu não podia, aquela não era eu. Muito pelo contrário, eu era fria e extremamente calculista. Caminhei com pressa até o veiculo que estava do outro lado da rua com a porta escancarada, entrando no mesmo e a fechando com força.

- Idiota! Burra! - Gritei esmurrando diversas vezes o volante do carro.

Eu poderia matar alguém naquele instante com a raiva que me consumia. Fechei os olhos, respirando fundo, deixando que o oxigênio chegasse a meu cérebro ou a qualquer momento eu morreria ali mesmo. Olhei mais uma vez para o prédio onde Juliette morava, deixando a ideia de desmascará-la para depois.

Liguei o carro, dando partida com o mesmo em direção ao meu apartamento.

O céu continuava dublado e carregado de chuva sendo cortado hora ou outra por raios luminosos. Aquela noite não poderia ficar pior. Saí do carro batendo a porta com força, seguindo em direção ao elevador do enorme prédio.

Maldita Stripper!

Servir-me de um copo de uísque foi a primeira coisa que fiz ao entrar em casa, tomei o liquido de uma vez, fechando os olhos sentindo-o descer rasgando tudo garganta à baixo, deixando para trás somente a ardência em meu interior.

- Como você pode ser tão burra, Sarah?! A filha da puta te enganou esse tempo todo! E ainda fazia o teatrinho de boa moça! Vadia!!

Caminhei em direção ao deque de meu apartamento, deitando em uma das espreguiçadeiras debaixo da cobertura. Tudo estava se completando agora... Por isso July nunca tirava sua máscara para mim, por isso os olhos tão familiares, o corpo tão fodidamente bom, as reações parecidas... meu Deus, que feitiço aquela mulher havia jogado sobre mim? Justo em mim?!

Deus!

Juliette mentiu para mim esse tempo todo... Ela não devia, não devia!!!

Ela não sabia com quem havia se metido. Se havia algo que eu odiava era ser enganada. Juliette Freire July, brincou comigo durante todo esse tempo, manipulando feito um fantoche de sua pecinha de teatro.

Eu neguei com a cabeça, ainda processando o mundo de informações que passaram a se conectar em mim. Todos os momentos, os beijos, os olhares. Tudo estava se unindo em uma repleta mentira.

"- O quê? Eu não estou fazendo nada, Sarah!

- Você me controla com seus atos. Mas não se anime eu sou dona de minhas vontades.

- Prove, faça algo que quer.

Ansiava beijar aquela boca, mas a pequena máscara que ela usava atrapalharia minha chance, eu queria vê-la antes. Levei a mão até seu rosto, para tirar sua máscara quando finalmente eu poderia ver seu rosto, mas rapidamente as pequenas mãos pousaram sobre as minhas, impedindo meu ato.

- Nem pense nisso... - ela sussurrou olhando em meus olhos."

E o tempo ela me fez acreditar em sua história, quantas já haviam caído em sua rede?

"Não... Eu só podia ter bebido demais.

Cocei os olhos para enxergar melhor, mas a moça de cabelos morenos ondulados dançava de forma tão sensual, ela estava de costas, mas mesmo assim, eu poderia jurar conhecer.

The Stripper - sarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora