Um amor maior que as montanhas, traz a história de um amor que supera tudo. Acidentes, falta de memória, uma irmã completamente louca, agressões físicas e psicológicas.
Antonella, se vê perdida em várias questões de sua vida com Gael, o pr...
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Os dias se passaram e eu tinha firmado uma amizade com Camilla, nossa amizade era até comum tirando o fato de que era extremamente louca e me convenceu a ir em uma festa na fazenda do senhor Malick. Não estou muito contente com isso, mas sou muito sensível a chantagem emocional, por isso aceitei ir, mas prometi que não ia beber as famosas cachaças de São Cosme e Damião ... que Deus me ajude a negar aquelas delícias agridoces.
— Está pronta Antonella? — Ouvia as batidas excessivas na porta do meu quarto enquanto vestia uma calça jeans, uma blusa de manga comprida, um coturno e uma jaqueta de couro.
— Estou! Estou pronta. Vamos logo antes que eu desista. —
— Passou perfume? — Ela perguntou quando parei ao seu lado.
— Passei... por quê? Estou fedendo? — Ela negou com a cabeça.
— Não, é que eu não estou sentido o cheiro do seu apenas do meu. Quiquiquiquii. — Neguei com a cabeça dando um pequeno sorriso.
— A diferença que o meu perfume não é de puta né. — Ela me olhou indignada.
— Está me chamando de puta? — Abri a garagem e entrei no carro dando partida no mesmo.
— Não. — Dei uma pausa para tirar o carro da garagem e esperar ela entrar. — Estou te chamando de cafetina mesmo. — Dei risada quando ganhei um tapa estalado em meu braço. — Cadela amarga. —
— Cascavel tóxica. — Olhei para ela e rimos.
(...)
— A não... está muito cheio. — Falei cruzava meus braços para me esquentar um pouco.
— Está cheio de peões gostosos ... isso daqui é o paraíso, vovó é uma safada. Acredita? Ela não queria que eu viesse morar aqui com ela. — Ela se virou para mim e sorriu de forma exagerada. — Tem batom no meu dente? — Liguei a lanterna e joguei em seu rosto de sacanagem para depois mirar em seus dentes.
— Não tem nada borrado. Você tem certeza que quer ficar aqui? Lá em casa tem tantos livros e filmes legais. — Tentei convencer Camilla que amassava seu cabelo olhando no reflexo do vidro do carro estacionado debaixo do poste.
— Quem ler livros hoje em dia? Digamos que voltássemos para sua casa eu iria transar com você? — Ponderei e neguei
— Vamos entrar logo Camilla. — Revirei os olhos.
— Dica de sobrevivência, não se desgruda de mim por nada nesse mundo, não suma por aí com qualquer peão e pelo amor de Deus não vá muito longe e for, siga a música para voltar—
— Ok mãe. — Parei em sua frente e segurei em seus ombros. — Eu já sou maior de idade e a mais velha entre nós duas. — Exclamei divertida.
— Independente... promete que vai fazer o que eu disse? — Olhou em meus olhos.
— Não por que você vai esquecer do que disse e vai fazer ao contrário e vai me mandar fazer ao contrário. Mas eu vou embora as duas e meia se você não estiver aqui até duas e trinta e um te deixo para trás. — Tranquei o carro. — Agora vamos logo.