The Dragon Prince - Final FanMade (Em Revisão)

Livro 4 - Terra - Capítulo 2 - Esperança

Após dois dias de viagem, Callum, Rayla, Soren e Ibis chegam à entrada de Silvergrove.

– É aqui pessoal. – disse Rayla – Agora nós só precisamos fazer o ritual pra passar pelo véu.

Silvergrove, escondida nas profundezas da floresta Moonshadow, é protegida por um feitiço que produz um véu sobre si, a tornando invisível. Para entrar é preciso fazer um ritual, uma dança mística dos Elfos da Lua.
Após entrarem, Rayla guiou o grupo até a árvore em que a oficina de Ethari foi construída, e ao encontrá-lo, ainda estava sob o efeito do feitiço fantasma.

– Não vai ter como falar com ele se continuar desse jeito... – Rayla disse aos outros – Eu ainda sou um fantasma pra eles e por causa disso vocês também não conseguem falar com o Ethari.
– Tem que ter um jeito, não tem nenhum elfo aqui que consiga desfazer o feitiço Rayla? Um mago supremo da Lua talvez?
– Até tem Callum, mas o governante não vai desfazer o feitiço. Ele não sabe o que aconteceu de verdade, pra ele o que importa é que eu quebrei o juramento.
– E esse tal Ethari não consegue convencer ele de algum jeito? – Interrompeu Soren – Você disse que ele é um ferreiro bem habilidoso, deve ser um cara importante numa cidade de elfos assassinos.
– Verdade Rayla, se a gente conseguir falar com o Ethari talvez ele possa nos ajudar com esse feitiço!
– Exatamente, SE a gente conseguir falar com ele. Eu vou tentar, mas não prometo nada.
Então, alguns segundos depois era possível ver, no reflexo de uma lâmina presa à parede, o rosto pálido e desacreditado de Rayla, parada em meio à uma oficina repleta de armas presas às paredes, alguns baús e joias presas ao teto. Fazendo de tudo para chamar a atenção de Ethari, até que em um momento ele olha para a lâmina, quase como um instinto ou pelo sentimento de estar sendo observado. Rapidamente se levantou e começou a falar.

– É bom te ver novamente Rayla, mas sinto que dessa vez não vou poder conversar com você, o feitiço de fantasma não me permite mais, não dessa vez. Somente Hyacinto poderia ajudar nessa questão. – E ao terminar essa frase Rayla começou a afirmar freneticamente com a cabeça, gesticulando, pedindo para que Ethari buscasse por essa ajuda.
Enfim ele compreendeu, sua expressão iluminou-se, após ter visto o resultado dos esforços de Rayla no Pináculo da Tempestade poderia convencer o Governante de Silvergrove a desfazer o feitiço. Estava em suas mãos.

Subitamente saiu da oficina e se dirigiu a uma construção um pouco mais ao alto da cidade, aparentava ser importante, um tanto quanto imponente, Rayla sabia que era a Casa dos Governantes, já havia visitado o lugar com os seus pais quando ainda era uma criança, não se lembrava exatamente o motivo da visita mas houve um instante em que a memória repassou em sua mente algumas vezes.

Em direção ao local, Ethari e Rayla passaram em frente à fonte da cidade...

Rayla lançou um breve olhar em direção à fonte, notou que uma das lótus encantada estava emergindo muito lentamente, quase como se estivesse lutando para voltar à superfície...

– E-Ethari... Essa é a do... – perguntou quando Ethari parou junto à fone, e foi interrompida por ele, mesmo sem conseguir escutar a voz de Rayla.
– Sim, é a flor encantada do Runaan... – resposta que gerou uma expressão que era uma mistura de surpresa e felicidade no rosto da elfa.
– Mas está bem fraca ... Não sei o que pode ter acontecido, por isso Rayla... Preciso que você me conte tudo que sabe sobre o que aconteceu na noite que o Rei Harrow morreu...
Ela concordou com um aceno de cabeça e Ethari agradeceu com um sorriso gentil e suave.
– Antes de você me contar... Eu preciso convencer um certo alguém. – Disse Ethari e pediu para Rayla esperar na oficina com o Príncipe Callum, e ela concordou acenando com a cabeça.

Ethari foi até a grande construção no alto de Silvergrove para poder encontrar essa tal pessoa...

Era um outro elfo da lua, alto, com longos cabelos brancos e neles haviam chifres entalhados e levemente retorcidos, suas orelhas eram médias e extremamente pontudas, ele possuía uma pele mais clara do que a maioria dos elfos da lua e que aparentava ser muito macia, usava um manto azul marinho com detalhes em preto e branco em que brilhavam adornos dourados delicadamente costurados por algum artesão muito habilidoso. Possuía um artefato mágico que assemelhava-se a uma foice com uma corrente ao invés de um cabo fixo, parecia ser encantado com pedras da lua que possuíam runas poderosas e brilhavam como um topázio azul.

Seu nome era Hyacinto, era um mago muito poderoso, ele era o responsável por realizar o feitiço de "fantasma" que não permitia Rayla se comunicar com ninguém na cidade.

–  Hyacinto, peço perdão pelo incômodo... Eu preciso conversar algo muito sério com você.
– Não me incomoda... Sente-se por favor. – fez sinal para Ethari se sentar em uma poltrona próxima à uma mesa, provavelmente utilizada pelo mago para seus estudos mágicos.
– Bem... o que eu tenho a dizer envolve Rayla, a filha de Lain e Tiadrin, ela, juntamente com dois príncipes humanos, levou o Príncipe Dragão de volta para Zubeia. Além disso, ela está aqui em Silvergrove e imagino que concorde comigo que precisamos de informações sobre o que aconteceu durante o ataque ao reino humano...
Hyacinto hesitou por um instante, e então tornou a falar – Ethari, você sabe muito bem que o que está afirmando é algo muito sério, muito mais do que eu esperava que se tratasse a sua visita...
– Sei disso, e não tenho motivos para mentir. Por favor me escute Hyacintho preciso que acredite em mim...
– Estou lhe ouvindo Ethari, mas é algo que beira o absurdo, já faz um bom tempo que o ovo do Príncipe foi destruído pelos humanos... As chances disso ser verdade são praticamente zero, entende? Não posso simplesmente acreditar em toda informação que chega ao meu conhecimento...

Ethari inquietou-se, e pediu para que o governante o acompanhasse até a oficina.
– Entendo a sua agitação Ethari, mas não resolverá nada assim... Irei acompanhá-lo, e espero muito que você não esteja mentindo, as consequências não serão razoáveis...

Então ambos partiram em direção à oficina...

(Continua...)