Amizade estranha

124 10 7
                                    

6 meses depois

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

6 meses depois

Lentamente, Cely Winchester se esforça ao máximo para sair de sua cama espaçosa. A garota se levanta, ainda bastante sonolenta e vai até o pequeno banheiro, acoplado em seu quarto de hotel. Cely faz suas necessidades e ao sair, leva um susto gigantesco ao dar de cara com Castiel, de pé ao lado de sua cama.

Minha nossa Cass! Já conversamos sobre isso!— a garota fala, levando uma das mãos exageradamente ao peito acelerado.

— Me desculpe, eu....devo esperar você se vestir?— Castiel pergunta, em seu rotineiro tom tranquilo e Cely pela primeira vez, percebe suas roupas, ou a falta delas. A garota usava apenas um conjunto de lingerie preta, que havia adquirido algumas semanas antes. Cely imediatamente, leva outro susto e corre novamente para o banheiro. Envergonhada demais para agir racionalmente.

— Eu sinto muito...humm, só preciso de um segundo.— Cely grita nervosa do banheiro, enquanto desesperadamente, veste um roupão branco. A garota então, sai depressa e volta a encarar o anjo.
— E então? Porque veio?— ela pergunta, se sentando em uma cadeira ao lado da cama.

— Vim trazer notícias. Dean descobriu sobre Sam. Os dois estão juntos agora.

As palavras de Castiel são rápidas e diretas, Cely mal tem tempo para raciocinar o ocorrido, a garota simplesmente respira fundo e se levanta, encarando seriamente o anjo.

— Faz quanto tempo?— Cely pergunta, abrindo uma expressão séria e nervosa.

— Poucos minutos. Ele provavelmente irá ligar pra você.— Castiel fala e, como uma premonição, o telefone de Cely toca, do outro lado do quarto, dentro de sua bolsa. Cely rapidamente vai até ele e o pega, encarando a tela acesa com o nome de seu irmão mais velho, Dean.

Bom dia irmão!— Cely atende o celular abrindo um sorriso gigantesco e aumentando alegremente o tom de sua voz. A garota sabia que estava encrencada.

Bom dia? Quando pretendia me contar Celia??— Cely rapidamente se contrai ao ouvir seu nome na boca nervosa de seu irmão. A garota se vira nervosamente para trás, mas ao visualizar Castiel instantaneamente fica dez vezes mais nervosa, então novamente se vira para o outro lado e se concentra em inventar uma boa desculpa para Dean.

— Dean, eu posso explicar, eu juro. Mas acho que você sabe exatamente o que vou dizer. E sei, que se estivesse na minha situação, teria feito o mesmo.— Cely fala calmamente, ela ouve um silêncio, seguido de uma respiração cansada.

— Não importa, ele está vivo, é o que interessa, precisamos nos encontrar, onde você está?

— Arizona. Encontro vocês em dois dias, ok?— Cely fala e ouve Dean confirmar em seguida. Depois da conversa, ela desliga o telefone e se vira para encarar Castiel.

Tudo bem?— o anjo pergunta preocupado. Sua expressão de preocupação, sempre acabava com o psicológico de Cely. Ele precisava ser fofo desse jeito, até quando estava preocupado?

— Sim. Não quero que saibam que estou com você. Vou adiar nosso reencontro o máximo que eu conseguir. Ainda tenho coisas pra resolver aqui na cidade.— Cely se aproxima em passos lentos até Castiel, que continua imóvel ao lado de sua cama.

— Entendo. Se precisar de alguma coisa, é só chamar.

— Eu sei. Alguma novidade?— Cely pergunta, mesmo sabendo do fato de que se ouvesse alguma, ele já teria lhe dito.

— Não. Mas vou te manter informada.— Castiel fala, abrindo um pequeno sorriso.

— Eu sei. Eu só... não gosto de mentir pra eles entende? Eu me sinto péssima.— Cely fala, sendo completamente sincera. Era sempre assim com Castiel. Os dois mantiam uma amizade estranha entre eles, mesmo que para Cely, isso talvez não fosse o suficiente.

— Eu entendo. Também não gosto, mas é necessário.— Castiel, percebendo a expressão cabisbaixa de Cely, involuntariamente, toca seu ombro com uma das mãos e encara seus lindos olhos verdes com empatia e conforto. — Vai valer a pena no final, Cely. Eu tenho certeza.

Castiel fala e Cely quase perde o ar ao ouvir palavras tão tranquilizadoras. Já fazia meses que trabalhava apenas com Castiel, na busca pelo purgatório. A ideia ainda não conseguia ser vista como uma boa coisa para ela, mas Cely confiava em Castiel, sabia que ele sempre fazia o que achava certo e confiava em sua direção.

Cely ligava para Sam, as vezes. Os dois tinham apenas conversas curtas e apressadas. Sam estava sempre ocupado, o Winchester havia voltado a caçar, sozinho. E Cely achou melhor não encolve-lo nos planos nada garantidos de Cass. Então manteve-se afastada do irmão mais novo, assim como de Dean. Porém este, ela sempre fazia pequenas visitas, sempre que podia, para ver como seu irmão estava se saindo com a nova família, era espetacular ver tamanha felicidade acontecendo na vida do irmão. Cely tentava esconder, mas estava sobrecarregada e solitária. Ela queria acabar com tudo aquilo, voltar ao normal.

Castiel continuava a encarar Cely, que percebendo o contato físico do anjo, rapidamente se afasta abrindo um pequeno sorriso.

— Tenho certeza de que tudo vai acabar logo, Cass. E então, você vai dividir uma cerveja comigo, e eu vou finalmente te levar em um clube de Strippers.— Cely fala brincalhona, sabia que era esse o único jeito de aliviar o clima.

Não deu muito certo da primeira vez...— Castiel fala, abrindo um pequeno sorriso também. Cely fica aliviada ao ver que conseguiu desviar do assunto sério.

— Você não devia falar do pai de uma garota, enquanto tenta transar com ela, Cass. Isso realmente quebrou todo o clima.

— Vou me esforçar da próxima vez.— Castiel fala, com uma expressão decidida, que chegava a ser engraçado vê-lo tentando se esforçar. Cely abre um sorriso ainda maior.

— Ótimo. Agora saia daqui, preciso dormir mais algumas doze horas.— Cely fala sarcasticamente e dá alguns leves impurrões no anjo.

— Tudo bem, até depois.— Castiel fala e depois de um segundo desaparece da visão de Cely. A garota então, cai em sua cama, solta uma respiração cansada e fecha os olhos.

Até depois, Cass...— Cely sussurra cansada e frustada. Encontrá-lo era sempre desse jeito. Até quando ela teria que reprimir todos os sentimentos que surgiam quando ele chegava perto? Cely não fazia ideia.

A Winchester (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora