4 - Passado

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“Não se prenda muito ao passado, ou deixará o presente passar e o futuro nunca chegará.” – B-VK

☆「Gabrielly Morato」☆

2 anos atrás.

O que seria capaz de mudar um coração? Mágica? Ou um novo amor?

Eu sempre acreditei que ele logo voltaria para mim, mas ele não voltou. E então eu percebi que a vida real não é nada parecida com a fictícia criada na minha cabeça e nas grandes telas cinematográficas. Perceber isso me fez chorar, assim como eu chorei quando descobri que Papai Noel e o Coelhinho da Páscoa não existem.

Nos decepcionar faz parte da vida, assim como a morte e o amor. Esses são um dos pilares que sustenta o nosso ser, que nos mantém firmes. Mas até onde isso é o suficiente para nos manter?

Sim, eu ainda espero pelo dia que ele resolva voltar. — eu falava, enquanto sorria para o céu completamente iluminado — Niel, você acha que sou louca por ainda ter esperanças?

— Óbvio que não! — sorri — Mesmo sem notícias dele desde daquela noite você continua aqui e é por causa disso que eu sempre vou admirar a sua perseverança. — me dá um abraço — É como dizem, a esperança é a última que morre.

Ficamos observando as estrelas e quando percebemos o sol já iluminava os nossos rostos. Acabamos dormindo ali e tivemos que ser ninjas para entrar em casa, e eu admito que não me arrependo.

☆❯────「🦋」────❮☆

Tempo presente.

Onde há fumaça há fogo. Eu sempre pensei nessa expressão como um mantra, mas nunca imaginei que faria jus a ele. Digamos que só agora eu resolvi relaxar, mas eu sempre fui a garota problema do Colégio Hortência Magalhães, meu antigo colégio do fundamental II. Ninguém era capaz de me parar e podemos dizer que meu grande poder de persuasão sempre me tirava de uma fria enorme e meu tio Olávo, também me ajudava.

Eu fui à diretoria tantas vezes que perdi as contas, acreditam?

Uma vez fui por furar a perna de uma garota com o lápis, ela estava enchendo o meu saco e eu precisava revidar. Outra vez por pregar uma peça nos professores, eu colei eles e seus pertences com super cola. Não me perguntem o motivo de fazer essas coisas, todo mundo fazia e eu não queria ser a única criança a ficar para trás.

Só que avaliando isso hoje, percebo o quão tosca, infantil e ridícula eu era. Mas eu era uma criança com uma mentalidade frágil e completamente manipulável, não estou passando pano para mim. Só que infelizmente, o passado não pode ser mudado.

Nunca fui expulsa, já que eu e o meu tio Olávo cuidavámos de tudo. Ele era advogado e foi assassinado por um dos seus clientes dois anos atrás, e desde então me mantive na linha, assim como sofri bastante com a sua partida. O assassino foi preso e condenado a vinte anos de prisão, uma vez que aquele não era o seu único crime.

A última vez que meu tio me livrou de problemas, foi há dois anos, seis meses antes do seu falecimento. Eu e a Alyssa White, meio que resolvemos tacar fogo numa estátua preconceituosa que o prefeito colocou na praça do nosso bairro. Levamos um processo dos grandes e quase tivemos que nos mudar de cidade. Mas o meu tio, como sempre, acabou resolvendo tudo.
Os pais da Alyssa trocaram ela de colégio por me considerarem uma péssima influência para filha deles. Só que mal sabem eles, que era meio a meio. Uma pior que a outra. A Alyssa já deixou um professor careca e pichou o carro de um outro professor, e eu sempre acobertei ela.

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⏰ Última atualização: Nov 05, 2023 ⏰

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