Verdes e Mortais

Los Angeles

Chego em casa encontrando Ryan na cozinha.

-Agora sim! -Diz ele apontando para mim.

-O quê? -Pergunto me sentando.

-Vai negar que transou agora?

-Não transei!

-A marca em seu pescoço diz o contrário. -Leva a colher com pudim à boca.

Passo a mão pelo pescoço enquanto ele ria, então jogo o cabelo para o lado.

-Nem uma palavra disso, com ninguém ou arranco seu brinquedinho fora.

-Ai! -Diz passando a mão por sua intimidade.

Depois do café subo ao meu quarto e depois de tomar banho visto um cropped preto e uma calça moleton rosa.

-Aí, mandou muito bem ontem!

Comenta Chris passando pela porta e se jogando em minha cama.

-Gostou?

-Gostei pra caralho, a forma que arrancou a cabeça dele...Nooossa!

Sorrio sem mostrar os dentes.

-Mas parece que alguém não está tão energizada quanto eu. -Diz se sentando.

-É que... não sei explicar.

-Tenta.

-Toda vez que isso acontece, esse negócio de tortura, durante o ato, parece que não sou eu, parece que sou possuída.

-Ai credo. -Falou entre dentes.

-E quando acaba, tenho que arrumar um jeito de tirar o resto de adrenalina que sobrou em meu corpo.

-Como?

-Batendo em alguém ou alguma coisa, comendo, correndo ou até mesmo transando.

-Mas você conseguiu, teve chupão e tudo.

Passo novamente a mão sobre a marca, respiro fundo e continuo.

-Não.

-Como assim, não?

-Parece que não foi suficiente, ainda sinto a adrenalina.

-Porra, você é insaciável em.

-Não é isso palhaço.

-Quer dar uns socos? Bieber tá no galpão, vai até lá, eu sei que adora bater nele.

-Sério?

-Sim!

(...)

Saio do carro batendo a porta, entro no galpão e o vejo socar um saco de areia qualquer.

-Quer bater em alguém de verdade? -Pergunto tirando o tênis.

-Pensei que não te veria hoje e principalmente aqui.