-Bieber?
Pergunto o vendo ali, parado, nos encarando com o punho fechado, e o maxilar travado, pudia ver a veia de seu pescoço alta, e jurar que partiria para cima de Chaz.
Mas o mesmo não aconteceu, Bieber abriu a mão, fechou os olhos e respirou fundo, saindo rapidamente de onde estava a poucos segundos, me viro para ir atrás dele, mas Chaz me puxa pela mão.
-Aonde você vai?
-Atrás dele!
-Por quê? Ele está com raiva, vai ser pior se você for.
-Chaz, confie em mim, vai ser pior se eu NÃO for.
Falo fazendo ênfase na palavra não, enquanto me soltava e corria na direção em que Bieber havia ido.
Rodei a praia inteira e algumas cabanas a sua sua procura, o encontrando finalmente no letreiro de Cancún, encostado na letra A, ele tinha os cotovelos apoiados na letra e o rosto afundado em suas mãos. Olho para as poucas estrelas que ainda brilhavam no céu e me aproximo devagar, colocando uma de minhas mãos em seu ombro.
-O que você está fazendo aqui? -Pergunta.
-Estava te procurando!
-Me encontrou, agora pode dar meia volta.
-Por que você está assim?
-Não importa!
-Importa sim!
Aquele curto diálogo já estava me estressando, tiro a mão de seu ombro e me posiciono ao seu lado.
-Por que beijou Chaz?
-O quê?
-Exatamente isto! -Agora Bieber me encarava. -POR QUE BEIJOU A PORRA DO CHARLES SOMERS?
-Isso é ridículo!
-O quê? -Agora ele perguntava.
-Você está transtornado por causa de um beijo, Bieber.... -Paro de falar por um instante e o encaro. -Eu não sou propriedade sua, o fato de eu ter ido para a cama com você, uma vez, não te dá o direito de mandar na minha vida.
-Estávamos bem, por que foi estragar tudo?
-Você está brincando não é? -O olho procurando resposta, mas o mesmo não me tinha. -Você não pode exigir explicações de mim, eu não tenho nada com você.
Ele permaneceu calado, colocou a mão no bolso de seu short e tirou de lá uma caixinha preta e a segurou perto do peito.
-Tem razão, não temos nada e foi loucura pensar que poderíamos ter. -Apoiou-a na letra N, bem onde eu estava, deu as costas e saiu.
Bieber caminhou pela praia, sem olhar para trás, me deixando sozinha no letreiro com aquela caixinha que por algum motivo não conseguia parar de encarar, eu queria abri-la e confirmar meus pensamentos, mas ao ter a caixinha em mãos, fiquei apavorada, fechei os olhos e respirei fundo, me permiti lembrar assim de memórias recentes e até mesmo antigas que não me recordava agora.
Flashback on
Estávamos sentadas embaixo de uma árvore, enquanto eu brincava com uma boneca, minha mãe penteava meu cabelo que já se encontrava comprido.
-Filha, você não quer cortar o cabelo? Deixar um pouco mais curto?
-Não mamãe, quero ele assim, igual o seu.
-Tem certeza? Não vai te atrapalhar?
-Certeza!
-Onde estão as mulheres da minha vida?
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Verdes e Mortais
FanfictionHanna Marthin.... Já foi uma menina dócil e delicada, mas a dor e o sofrimento de ter visto sua mãe ser brutalmente assassinada por seu próprio pai, a transformou em uma arma mortal, um ser que mata encarando os olhos de suas vítimas, como se seus g...