cap 19.

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POV Addison Rae.

Encarei ele com pena e aceitei o perdão do mesmo.

- Bryce, me diz... o que aconteceu? - perguntei e ele desviou o olhar de mim.

- Ladrões. - ele respondeu.

- Então você tem que denunciar! Você viu o rosto deles? Lembra de alguma coisa? A gente pode... - ele me interrompeu.

- Não, Addison. Você não entende...

- Não entendo o que, Bryce? - perguntei e ele suspirou. - Me deixa entender.

- Addison... não foram ladrões. Foram... traficantes.

Fechei os olhos soltando um suspiro.

- Bryce...

- Me desculpa.

- Você disse que tinha parado de se drogar! A quanto tempo tá mentindo? - me levantei da onde eu estava sentada, irritada.

- Desde daquela noite. - ele respondeu e eu ri sem humor.

- Então você mentiu pra mim?

- Estamos quites, uh? - ele rebateu, irônico e eu suspirei encarando o mesmo.

- Eu não deveria sentir nenhuma pena de você. Por que eles te bateram?

- Eu estava... - ele começou. - Estou. - se corrigiu. - Devendo uma quantia de dinheiro a eles e... eles vieram atrás de mim. E, disse que os próximos serão minha família se eu não pagar...

- Porra, Bryce! E a seguranças dos seus pais? Você tem uma irmã pequena, não pensa?! - perguntei irritada.

- Eu me droguei pra tentar te esquecer!

- Faz um minuto que você me pediu perdão e na primeira oportunidade você joga alguma coisa na minha cara? Não sou sua babá, garoto! Se drogou porque você quis. Quer saber? Vou ir embora. - fiz menção de sair dali e ele segurou minha mão.

- Não. - o mesmo pediu. - Foi mal! Porra, tenta me entender também, Addison!

- Você literalmente disse que a culpa foi minha! - respondi.

- Não foi sua culpa. Eu sou dono da minha vida e decisões. Me desculpa.

Assenti, suspirando.

- Quanto você deve a eles? - perguntei e ele suspirou.

- Muito.

- Quantos, Bryce!? - repeti a pergunta.

- 30 mil.

Ri de nervoso e ele suspirou.

- Como isso, Bryce? Tudo isso de droga?

- As melhores são caras! - ele respondeu e eu ri, mas não tinha nenhuma graça. - E, eu deixei acumular. Não tenho esse dinheiro, Addison. Estou com medo... - ele disse sério.

Suspirei fundo vendo ele assim.

- Onde fica a boca? Ou como diz? Casa? Favela? Me diz! - pedi.

- Não, não v...

- Não. Eu vou fazer isso pela sua irmã, e pela sua mãe. Você está em um estado deplorável e não vai sair daqui tão cedo. Qual é o prazo?

- Até amanhã. - ele disse e eu assenti. - Vai mesmo fazer isso? Não quero você em problemas...

- Já disse que não é por você. Me manda por mensagem o endereço. - eu disse e ele assentiu.

A enfermeira logo veio me informar que meu tempo de visita tinha acabado então eu saí de lá.

Only A Drink - Dixison.Onde histórias criam vida. Descubra agora