cap 33.

1.4K 164 64
                                    

POV Dixie Damelio.

Depois de me resolver com Noah, eu fui pra casa de Avani. Já era bem tarde e eu queria dormir com Addison.

Chegando lá, Charli me atendeu e eu arqueei a sobrancelha.

- Você não tem casa? - perguntei e ela me olhou com deboche.

- Olha quem fala, o pai nem sabe o som da sua voz mais, garota. - ela respondeu e eu revirei os olhos.

- Vai dormir aqui, é? - perguntei, cruzando os braços.

- Ela vai. - Avani respondeu. - É a minha convidada. - a mesma sorriu para Charli que fez o mesmo.

- Vocês não se odiavam? - perguntei, confusa.

- Aprendemos a se suportar. - Charli respondeu.

- Tanto faz. Cadê a Addison? Dormindo já? - perguntei e Avani deu os ombros.

- Não sei. Se ela chegou a gente não percebeu... - Avani disse. - Mas é bem tarde, ela deve estar no quarto sim.

Suspirei subindo as escadas, indo até o quarto. Ela não estava lá. Peguei meu celular e liguei para mesma, mas ela não atendeu.

- É, ela não chegou. - voltei pra sala. - E não atende.

- Não vai ter crise de ciúmes não, né? - Charli perguntou.

- Claro que não, só estou preocupada. - dei os ombros me sentando no sofá. - Nem as mensagens estão chegando.

POV Addison Rae.

Eu estava no hospital, esperando notícias da Nai a mais de uma hora. Soltei um suspiro tomando o 4 copo de água.

Eu estava sozinha pois, meu celular devia ter caído lá no chão de onde tudo aconteceu. Ótimo, não posso ligar pra ninguém, nem pra mãe da garota.

Logo uma enfermeira se aproximou e eu fui até ela, eufórica.

- Como ela tá? Viva? - perguntei, com medo da resposta.

- Ela está viva. - ela assentiu e eu suspirei aliviada. - A gente vai remover a bala e... vamos ver como ela vai reagir.

- Vamos ver? Não, moça. Não é assim, você tem que fazer de tudo pra ela sair viva da cirurgia! Eu pago o que for, sei lá! - respondi, alterada. - Pode transferir ela pra outro hospital, com mais recur...

- Se acalma! Não é questão de dinheiro, depende dela. De como ela vai reagir. Vamos fazer o que a gente pode! - ela me interrompeu e eu suspirei. - E você pode ir pra casa.

- Não, eu quero ficar. - neguei.

- Amanhã de manhã teremos resultados. Pode ir embora, você está em um estado péssimo. Cheia de sangue e visivelmente cansada.

Suspirei fundo e assenti.

- Moça, você pode pedir um Uber pra mim? Meu celular ficou pra trás. - pedi e ela assentiu, logo fazendo o que eu pedi.

O caminho todo eu estava chorando em silêncio, não queria incomodar ninguém com meu choro. O homem que estava no volante, perguntou o que havia acontecido e eu apenas disse "Tá tudo bem. Não se preocupe" e ele parou de fazer perguntas.

Cheguei em casa e as três olharam pra mim assustadas ao me ver daquele jeito.

- Addison! - Avani veio até mim, junto de Dixie. - Você está com sangue na roupa, que foi?

Começei a chorar e a Dixie arqueoou a sobrancelha fazendo eu encarar a mesma.

- O Bryce... ele, seguiu eu e a Nailea. - suspirei. - E, no final da festa ele entrou aonde a gente tava e começou a falar que nunca me amou de verdade, que... inventou um plano pra tirar meu dinheiro. - ri sem humor limpando as lágrimas e as mesmas estavam prestando atenção. - E depois de ele falar tudo e mais um pouco, ele apontou uma arma pra minha cabeça... - meu choro começou a ficar mais alto. - E a Nailea, entrou na frente, o tiro pegou nela...

- Porra! - Charli disse, em um tom triste. - Ela tá viva?

- Sim... - assenti. - Tá lá né, entre a vida e a morte... não sabemos se ela vai reagir a cirurgia. - limpei minhas lágrimas e Dixie fechou o olho deixando uma lágrima escapar.

- a Nailea... - ela começou. - Se sacrificou por você? - ela perguntou e eu assenti.

- Sim. E... foi tão rápido que, eu não pude fazer nada pra impedir ela. Eu to me sentindo culpada.

- Não, amor. Não é sua culpa. - Avani me puxou pra um abraço.

- E o desgraçado do Bryce? Eu vou ir atrás dele, vou acabar com a raça desse filho da puta! - Dixie limpou o rosto e perguntou em um tom bravo.

- Ele se matou. - respondi e elas ficaram sem reação.

- O que? Se matou? - Avani perguntou, incrédula.

- Sim. E... ele matou a mãe, o pai... e a irmã. - respondi, triste. - Só faltava eu. Se não fosse pela Nai, eu realmente estaria morta. Ele apontou pra minha cabeça...

- Filho da puta. - Dixie respondeu. - Você tá bem meu amor? O que eu posso fazer por você? - ela segurou meu rosto.

- Eu... estou traumatizada. - ri sem humor. - Mas, vou superar, se a Nailea ficar viva... se ela não sobreviver, eu não vou me perdoar, Dixie. Nunca.

- Ela vai sobreviver! - Charli disse. - Ela é forte. Olha, você quer que eu faça algo pra você comer? - ela tentou me animar um pouco e eu sorri fraco.

- Não. Obrigada. - suspirei. - Eu vou tomar banho, e depois... tentar dormir um pouco. Amanhã cedo eu quero ir até lá.

- Claro. Todas nós iremos. - Avani disse dando um beijo em minha bochecha. - Posso te dar banho? Quero cuidar de você, meu bem.

Sorri com isso e encarei a Dixie.

- Cuida de mim? - pedi pra ela que sorriu me dando um selinho demorado.

- Sempre.

- Okay, sua putinha. - Avani disse fingindo estar ofendida. - Só vou perdoar porque vocês são um ótimo casal.

Dixie me pegou no colo e eu ri.

- Não precisa disso.

- Você é um bebê. - ela respondeu. - Vai ser tratada igual um.

Ela me levou pro quarto e eu começei a tirar a roupa.

- Não precisa me dar banho, só fica lá comigo. - comentei.

- Fico. - ela sorriu e me levou pro chuveiro.

Suspirei começando a pensar em tudo o que aconteceu.

- Dixie... e se, me acusarem de ter matado os dois? - encarei ela.

- Impossível. - ela respondeu passando a mão por meu rosto. - Eles sabem quando é homicídio e quando não é. Relaxa, bebê.

Suspirei aliviada, logo assentindo.

- E se ela não sobreviver? - voltei a encarar a mesma e senti meus olhos se encheram de lágrimas.

- Ô, meu amor... - ela fez beicinho e me abraçou.

Ela estava de roupa e não se importou de molhar o que estava vestindo, ela apenas me apertou no abraço.

- Ela não vai morrer. - ela respondeu enquanto fazia carinho em meu braço. - Você vai ver, daqui 3 dias... ela vai estar aqui, me irritando. - ela riu um pouco e eu suspirei.

- Eu espero. - respondi e ela deu um beijo no topo da minha cabeça.

- Eu te amo. Eu vou estar aqui pra o que quer que seja. A gente vai sair dessa juntas, tá? - ela disse me fazendo encara-la. - Te amo. - ela sussurrou e logo depois me beijou.

___________________________________________

Only A Drink - Dixison.Onde histórias criam vida. Descubra agora