Boa noite Lua

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           Rowena Ravenclaw foi a fundadora da casa de Corvinal. Basicamente membros dessa casa são pessoas que tem um intelectual avançado, prestamos atenção em tudo ao nosso redor e somos conhecidos por fazermos bom uso da lógica e raciocínio. Alunos dessa casa tendem a ter uma certa habilidade com assuntos relacionados à memória. Preferimos praticar magias que são especialmente curiosas e intrigantes, geralmente o tipo de feitiço que os demais alunos costumam evitar. Também somos uma grande fonte de criatividade, de certa forma excêntricos, o que consequentemente, na maior parte das vezes gera subestimação por parte de outros Bruxos. Alguns podem ter a capacidade de "mente aberta a convencionalidade", mas por isso são especialmente mal interpretados pela maioria, inclusive dentro de sua própria casa.

Para se entrar na sala comunal da Corvinal não é preciso uma senha, mas deve-se resolver um enigma. Poucos alunos de outras casas conseguem resolvê-los, essas pessoas costumam ser as que o Chapéu precisou ser mais cuidadoso ao selecioná-las, pois entrou em dúvida quando analisou seus potenciais, mas terminou definindo outra casa por conta de determinadas características mais tendenciosas para fins divergentes em relação à Corvinal. Rowena descobriu que a maioria dos bruxos não tem muito o sentido da lógica e por isso definiu que enigmas inteligentes são mais confiáveis do que somente palavras.

Antônio Goldstein é o nosso monitor desse ano, portanto após a comemoração fomos todos guiados até a sala comunal da Corvinal por ele. Durante o caminho tudo foi devidamente e detalhadamente esclarecido e avisado. Como estávamos indo em direção à uma das torres mais altas de Hogwarts, precisamos passar pela escada em espiral, uma viajem um tanto cansativa, visto que somos impedidos de utilizar o feitiço de aparatação (transporte). Depois de um longo intervalo de tempo, finalmente nos encontramos em meio à sala.

Fomos liberados após alguns avisos adicionais e nos dirigimos aos dormitórios

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Fomos liberados após alguns avisos adicionais e nos dirigimos aos dormitórios. Divido o meu com mais 3 pessoas: Paty Ductell, Maryllin Thorns e Livian Li.

Não era muito barulhento, mas também não chegava a ser o centro da paz

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Não era muito barulhento, mas também não chegava a ser o centro da paz. Acredito que os sons estavam concentrados na medida certa. Tenho o costume de demonstrar gratidão na maioria das situações ou pessoas que entram em meu caminho, independente de como isso foi feito, mas qual a definição do seu impacto de acordo com o meu evoluir e do quanto eu, de repente, possa acabar contribuindo para quaisquer que sejam os fins daquela pessoa ou situação. Acredito que muitas vezes algo só lhe faz mal pois se permite que esse seja o efeito. Não é necessário aceitar, apenas respeitar sua existência e não a agregar ao que lhe constitui.

Eu não me permito ser, apenas sou, mas nem sempre serei, pois vou precisar me permitir ser.

Alguém se permite ser quando tem dúvidas do que deve ou quer ser, se permite ser pois não confiava o suficiente, então nunca foi, não assume tudo, apenas permite que parte seja assumida. Também a vezes em que ocorre de se permitir ser o que não é, de ser influenciado por energias que fazem parte de si, mas não te completam, portanto não são o que te define por inteiro, pois não são as únicas, precisam de algo a mais para ser tudo que é, entretanto ainda se permite que estas, mesmo que poucas, representem tal. Dessa forma se reprime o que te completa. Isso é se permitir ser, contrariando o conceito de ser, que é a pura e cruamente o que diz representar, ter uma identidade. Não se restringe, mas não esquece do que te completa, lembra de todos os traços e apenas é. Equilíbrio é a palavra que define o ser. Uma pessoa pode estar uma de suas versões em diversos momentos perante diversas circunstâncias, mas ela só foi, é e será todas.

Entretanto como somos humanos, precisamos nos permitir ser também. Precisamos permitir que em algum momento nossas emoções aumentem ou diminuam, independente de qual a emoção que você carrega. Aqui a balança já não está mais em equilíbrio.

Confesso que não tenho intimidade com as minhas colegas de quarto, mas estou sempre livre caso estejam passando por um momento emocional que afete seu estado psíquico ou psicológico. Se quiserem saber sobre mim também não vejo problemas em contar qualquer tipo de informação, ainda que para os outros pareça algo que deva ser tratado como sério, intimo ou coisas do tipo eu penso que o compartilhamento de experiências pessoais é a melhor forma de demonstrar empatia e conforto, principalmente com estranhos, pois a revelação delas só lhe fará mal se não as aceita como fatos, mas elas podem te fazer bem uma vez que conviva, aprenda ou se orgulhe delas.

Durante mais uma de minhas narrações sobre os acontecimentos, pensamentos e sentimentos, terminei de desfazer a bola de tecido emaranhado ou "compartimento". Não tenho certeza se meus pertences estão organizados da melhor forma, mas como uma vez escutei: melhor feito do que perfeito. Dessa forma eu pude terminar de me higienizar e trocar de roupa sem gastar muito tempo, afinal o período em que me mantive acordada hoje me causou um extremo cansaço. Sem mais demoras me aconchego por debaixo dos lençóis.

Olho através da janela, contemplando a Lua, minha amiga de longa data, mais para companheira de vida, uma irmã de fato. Ela é minha eterna fonte de luz sempre que não consigo encontrar o que preciso pela escuridão que dorme ao meu redor. Não acho que tive ou tenho muitos problemas emocionais de forma que eu precisasse desesperadamente de ajuda, na verdade acredito que a minha vida seja uma das poucas das quais são imensamente agraciadas. Na realidade penso que toda vida é um presente, as pessoas que não pensam assim só não encontraram os companheiros ou situações certas para saber como usar tal. Existem uma infinidade de companheiros e situações, não são perfeitos, mas são o que você precisa, enquanto em relação ao uso do presente não existe um correto, apenas o mais brilhante, que para cada pessoa pode ser diferente.

A minha companheira é a Lua. Ela é forte ao ponto de conseguir influenciar os mares através da força gravitacional, mas ao mesmo tempo sofre dessa mesma força. Eu acredito que ela seja o meu pilar. É uma boa ouvinte e algumas vezes ignorante também, mas não é algo que se possa ter controle sobre. Ainda que tivesse não acho que é a melhor das ideias converter algo de sua essência para algo que me favoreça, pode acabar tomando um caminho não esperado e consequências não tão prazerosas quanto o imaginado a partir de minhas ações equivocadas.

Antes de me perder no silêncio próspero da mente ou nos sonhos desconhecidos da minha alma, penso olhando em direção à janela.

"Quem será o primeiro a resolver o que tenho a dispor?

Quem será o primeiro a procurar entender o meu enigma?

Boa noite Lua"









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Notas da autora:
BEBAM ÁGUA, FIQUEM DENTRO DO CASA E SE CUIDEM
bjusss 🥰🥰🥰

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⏰ Última atualização: Apr 12, 2021 ⏰

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