Começo a procurar um lugar por entre os grupos de amigos, rostos sorridentes e conversas barulhentas. Naturalmente, não me incomodo com a interação social ou a falta dela, apenas procuro um lugar vazio, passando meu olhar curioso por entre o espaço. Assim que encontro um lugar, logo ao meio da mesa, me acomodo e calmamente me deixo observar os detalhes do salão principal.
Acho que o que mais me chamava atenção dentro desse cômodo era o chão. Para mim ele tinha mais mágica que os encantos que circulavam pelo ambiente. Ele carrega memórias, de aulas, confrontos, duelos, discussões, anúncios, jogos e eventos, não só meus, mas de tudo que se passou por alí, desde a sua construção. Esse chão não só testemunhou acontecimentos, como também foi e é o que dá suporte às paredes que completam a fortaleza.Não tenho um grupo de amizade específico, está mais para relação saudável com meus colegas. Eu costumo apreciar meu tempo sozinha, como estou fazendo agora, mas não é algo do qual se deva sentir pena, não me sinto desconfortável, no entanto não me incomodo também se quiserem a minha companhia. Verdade seja dita, a presença de pessoas ao meu redor não é frequentemente necessária, mas é apreciada, se assim o fizerem. A interação social ajuda a criar novas emoções, aprender a se ajustar ao ambiente, se moldar de forma mais organizada e viver em harmonia às situações que lhe são apresentadas. Saber apreciar sua própria presença ajuda a evitar solidão, até nos momentos em que estiver rodeado de pessoas, pois não é sempre que nos adaptamos a um grupo social, o que definitivamente não é um objetivo a ser alcançado. Aprender mais sobre você mesmo, causa de certa forma independência, as pessoas e situações que se dispõem a sua frente não serão os únicos motivos para sentir o que te desenvolve conforto e felicidade, você por si só já o faz.
E aqui me pego novamente, observando algo, montando linhas de raciocínio e me perdendo na cadeia infinita de imaginação e análise que eu monto em apenas alguns momentos de distração. Gosto desse costume, o problema é o fato de ser inconveniente de vez em quando, pois, como talvez tenha notado, me encontro tão fascinada por algo que acabo por desligar a minha atenção ao que tem urgência a ser feito ou escutado. Felizmente, dessa vez eu não me mantive muito tempo presa no assunto, apenas apreciei o momento.
Após o tumulto se acalmar um pouco uma voz alta, clara e impressionantemente calma levantou-se: " Boa noite a todos! Sou o Diretor Alvo Dumbledore! Sejam muito bem-vindos à escola de magia e bruxaria de Hogwarts!!! Bem não vou perder muito tempo fazendo apresentações, pois como todo ano, o aluno representante das casas deverá encaminha-los à sala comunal correspondente logo após o jantar, assim como explicar as regras e regulamentos da escola para os novatos. Dito assim, podemos dar continuidade com a cerimônia do Chapéu seletor!!!Professora Minerva, por favor... " Logo após o pronunciamento, os alunos que iniciariam seu primeiro ano letivo da escola foram reunidos em frente à mesa dos professores, com o assento virado em direção às mesas das quatro casas.
Algumas instruções sobre o processo da seleção foram direcionadas aos novatos e seguidamente a primeira criança fez seu caminho até o Chapéu. Era um garotinho de cabelos cor de mel com olhos verdes, tinha algumas sardas e sua estatura era média para sua idade, suas bochechas contrastavam um rosado natural e a sua expressão era calma, sem muitas reações explícitas, mas uma animação perceptível em relação ao processo, visto que suas pernas balançavam livremente, um gesto sem tensão, um gesto tranquilo e inocente, não demostrava confiança, mas também não estava nervoso...apenas estava. Alguns segundos após a colocação do Chapéu em sua cabeça, uma voz apareceu de maneira tão inesperada que o fez pular em surpresa. Aqui estamos outra vez, escutando comentários sarcásticos, entretanto carregados de seriedade e particularmente adornados com alguma entonação de humor.
Adoro esse momento do ano. Quando podemos saber o interior de alguém, quando podemos identificar algo que nem sabíamos que tínhamos. As poucas confusões do Chapéu me fazem sentir eufórica. A seleção é feita por qual tipo de característica é mais predominante em você. Veja bem, a MAIS PREDOMINATE, não a única. Contudo, tudo tem seus dois lados. O problema da seleção é que na maioria das vezes baseamos as atitudes de uma pessoa a partir das características clássicas de sua respectiva casa e nos esquecemos que não são apenas estas que compõem essa pessoa.
Não demorou muito para o Chapéu se decidir. Dessa forma o pequeno pupilo foi direcionado à casa Sonserina ou Slytherin. Como dito, não sabemos o que compõe alguém, mas o que foi visto ou decidido não define o quão bom ou ruim alguém é.
Após o primeiro, deu-se continuidade até que a cerimônia se encerrasse. Ao total, dentre as 60 novas crianças, 17 foram para Grifinória/Gryffindor, 18 para Sonserina/Slytherin, 12 para Lufa-Lufa/Hufflepuff e por fim, 13 para Corvinal/Ravenclaw. Assim que todos se encontravam em seus devidos lugares, o jantar se dispôs à mesa pelo simples bater de palmas do Diretor. Já estávamos acostumados com esse tipo de aparição repentina, mas é sempre prazeroso escutar os cochichos e a respiração exageradamente pesada, ver os olhos arregalados e as expressões de puro deleite dos mais novos.
Calmamente corri meus olhos por sobre a mesa, a quantidade de pratos servidos era incrivelmente grande: Rosbife, frango assado, batatas fritas, batatas assadas, batatas cozidas, purê de batatas, salsichas, bacon, bife, torta de bife e rim, ervilhas, tortas de abóbora, molho, ketchup, cenoura e pudim de Yorkshire. É inclusive intrigante como o nome do pudim se parece com o de uma espécie de cachorro, mas na realidade é apenas um tipo de pão assado Inglês.
Para a sobremesa o cardápio constava de morangos, pudim de arroz, éclairs de chocolate, tortas de maça com melaço, bolos de frutas com calda de vinho, diversos sabores de sorvete, donutts recheados de compota, gelatina, trifle, tortinhas de caramelo, roscas fritas com geleia, arroz doce, etc. De fato um banquete digno da realeza. Não pude desfrutar de tudo que a refeição tinha a oferecer, mas estou mais que satisfeita só pela oportunidade de ter o que comer, além de que elas também são carregadas de sabores apreciados. Meu rosto está com uma expressão calma e tranquila, delicadamente se completando com um pequeno sorriso de satisfação.
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Notas da autora:
Heyyyy cubs!
Então, só pra eu dar uma explicada tá.
Na minha história eu vou chamar as casas com o nome instituído na versão em português, pq eu acho que tem mta gnt q gera polêmica por causa disso, então escolhi a que eu conheci primeiro. okk?
Esse e provavelmente os próximos dois cap. são basicamente uma introdução do início de ano, da organização e dos personagens principais para eu poder começar com o romance e a situação problema.
Então fiquem experrtux e boa leituraaaaaaaa!!
Bebam água, fiquem em casa e bjusssss!!!
🥰🤤🤓
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What do you see ? (k.th x s/n) - Hogwarts AU
FanficClip de metal, flores secas, pinturas à óleo e de aquarela, cartas em branco..... Para quê? Porque? Para quem? Não existe um motivo especial para fazer ou desfazer, não existe um motivo especial para gostar ou desgostar... apenas acontece. Quanto...