Clips

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                 Olho fascinada pela janela do trem, observando uma das vistas que mais me intrigam, um céu completamente coberto por nuvens, evitando que o sol apareça, adornando o ambiente com a reconfortante presença do cinza. Não tenho nenhum motivo especial para gostar ou desgostar, apenas acontece, geralmente com coisas que me deixam confortável, ou que ascendam um sentimento eufórico, muitas vezes coisas não especiais ou valorizadas ás pessoas ao redor, mas tenho um costume de pensar que tudo pode ter algo interessante a apresentar, basta o seu ponto de vista, que valor e significado você quer atribuir a isso.

Até parece um exemplo bobo, mas uma dessas coisas é um clip de metal, daqueles usados para prender papel. Bom, quando eu tinha uns 5 anos, eu me encontrei em um escritório, esperando minha mãe terminar seu trabalho, e enquanto isso eu olhava ao redor, encontrei então esse clip e me perguntei qual era seu uso. Olhei para minha mãe, mas não perguntei o significado, simplesmente, porque não queria saber. Eu pensei quantas coisas eu poderia fazer com aquilo, e cheguei a uma conclusão de que boa parte de sua funcionalidade seria prender. No entanto eu não quis saber por minha mãe, pois eu sabia que sua resposta, de um primeiro momento, seria única, teria apenas uma versão.

Quando penso que esse clip é usado para prender, a variedade é infinitamente maior. Ele pode ser um prendedor para o que preferir, contanto que caiba em suas dimensões. Usei então, um prendedor de papel, como de cabelo. Achei lindo como a luz tremeluzia em seu metal. Mesmo não sendo raro como ouro ou prata, ainda era capaz de brilhar. Essa ideia me fez sentir eufórica.

Conforme fui crescendo a minha maturidade mental foi aumentando e consequentemente, os significados das coisas também. Não retirei o valor inicial, apenas agreguei algo que ainda não havia passado pela minha mente. Em relação ao clip, pode se dizer que comecei a comparar situações do dia a dia com a palavra prender. Como uma situação sufocante, que é caracterizada assim, se nela encontram-se muitos integrantes e ás vezes, mesmo que seja apenas um indivíduo que nela participe, o "prendedor" pode acabar apertando mais do que precisaria. Não sei quantas pessoas já pensaram ou pensam assim. Não posso dizer que é uma visão apenas minha, pois nossos exemplos e formas de explicar são diferentes, entretanto muitas vezes tem o mesmo conteúdo ou o mesmo propósito. Não sei nem ao menos se falando da maneira como falei, alguém seria capaz de se identificar ou entender. Seria muito raso pensar que minha percepção é muito profunda...mas ela não deixa de ser uma.

Enquanto observo o que meus olhos podem alcançar através da janela, sorrio inconscientemente. Me esqueço completamente do que existe ao meu redor, e imagino um senário, um que veio sem muito pensar, um que apenas corresponda a imensidão que se gera em meus sentimentos e a extensão das possibilidades a partir disso.

Depois de algum tempo sinto uma desaceleração no trem, e logo mais, movimento nenhum. Provavelmente chegamos. Estou feliz, mas vou dizer que estou minha melhor versão, pois é isso que sinto agora. Todas as versões juntas são o que fazem de uma pessoa ela, mas algumas vezes uma face pode acabar sobrepondo as outras, isso é natural, por isso reagimos com emoções diferentes em situações diferentes. Minha melhor versão é aquela na qual me sinto melhor, vai depender de qual a emoção que quero sentir, qual me faz mais confortável naquele momento.

Começo a sair da minha cabine com minhas malas, bem, não exatamente malas, estão mais para bolsas, ou apenas bolas de tecido emaranhado, ou um compartimento para acumulação de pertences necessários de uso externo uma vez que saímos do nosso ambiente fixo. Use o termo que preferir, não faz muita diferença, mas se quiser uma opinião, eu gosto mais do último. Cada um dos "compartimentos" tinha, por sua vez, grupos específicos de pertences. Um recheado de flores e folhas secas, outro com um conjunto de tinta a óleo e aquarela, pincéis e lápis e a última com algumas mudas de roupa, meu uniforme e um maço de cartas em branco. A única coisa que levava em minhas mãos sem estar dentro de uma das malas era a minha varinha.

O corredor está lotado, tanto de pessoas quanto de vozes, que claramente demonstram ansiedade, seja por nervosismo ou animação, afinal alguns iriam ter suas casas definidas e começariam seu ano letivo pela primeira vez, enquanto outros estavam apenas felizes pelo reencontro de amigos e recomeço das aulas. Não posso dizer que todos estavam empolgados, até mesmo porque cada um tem seus próprios pensamentos e personalidades, não vou generalizar as reações, mas posso afirmar que a maioria era por esses dois motivos. Não me incomodo muito com esse fato, não sou alguém que deva julgar, sinceramente penso que julgamento é o que torna boa parte das dificuldades... dificuldades.

Espero esvaziar um pouco e sigo em direção à saída. Assim que estou do lado de fora, admiro mais uma vez o que se encontra presente no meu campo de visão, me fazendo sorrir outra vez. Hogwarts.

Inconvenientemente, não posso demorar muito com a apreciação, devo me direcionar aos barcos antes que me perca em meu mundo de emoções e extensão

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Inconvenientemente, não posso demorar muito com a apreciação, devo me direcionar aos barcos antes que me perca em meu mundo de emoções e extensão. Aqui me desfaço dos meus pertences aos ajudantes de carga, que deixarão tudo em seu devido lugar de acordo com a organização da escola.

Estou com meu humor usual. Não fico estressada ou nervosa facilmente, geralmente sou calma, mas não posso negar a fagulha de excitação e ansiedade ao lembrar das memórias, pessoas e seres que fazem desse lugar um, bom... lugar. A definição de lugar é de um local que está atrelado emocionalmente em nossas mentes, quando sentimos saudades de um local, por exemplo, é devido as memórias, momentos e sentimentos que desenvolvemos lá, tornando desse local um lugar.

Assim que todos os alunos estão a postos, apenas esperando a abertura das portas de entrada, a Professora McGonagall grita em frente a multidão "Boa noite a todos!! Muitos aqui já me conhecem, mas para os que não, Sou a Professora Minerva McGonagall!! Sejam muito bem-vindos!! Bom, como alguns já são alunos aqui há algum tempo, peço que estes se dirijam ao salão comunal para que eu possa fazer a introdução e apresentação dos novatos. Assim que terminarmos aqui estaremos a caminho da seleção de casas. Muito bem...vamos, vamos!"

O curso começa quando temos 11 anos, e são ao todo 7 anos letivos. Estou no 6° ano e como os mais velhos foram dispensados previamente, segui em direção à mesa da minha casa. Corvinal, ou Revenclaw. As pessoas chamam distintamente escolhendo um desses nomes, mas ambos se referem à mesma casa.

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Notas da autora:
Mdsss eu tô tão animadaaa
nem estou preocupada com a popularidade da história pq eu tô mais q satisfeita
AAAAAH
tô tão feliz
primeira fanfic e já tô emocionada kakakakakakak
vcs podem mandar as sugestões que preferirem, mas como já tenho um roteiro preparado, não sei se vou agregar, mas vlwww qualquer um que esteja lendo!!!
vou chamar vcs de sweety pie pq eu amo esses apelido fofin ent eeh....
bjusss
bebam água.

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