#20 tempestade de sentimentos (parte 2)

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- acorda, Sam, já está anoitecendo- chamou Bia para Sam, que dormia em seu colo no parquinho vazio.

Houve alguns grunhidos de Sam em seu colo, que acordou depois de segundos.

-hmm...tava tão bom...- Sam levantou sua cabeça enquanto se espreguiçava- que horas são?

-nem eu sei, só sei que o sol está se pondo.

O sól estava prestes a se pôr. O vento gelado havia acabado de começar a soprar em seus cabelos brancos de preto. As nuvens fugiram do céu estrelado com os últimos raios de sól do dia, fazendo uma palheta de cores incríveis no céu.

Ambos levantaram-se e seguiam conversando no campo aberto até saírem do parque.

Bia mencionou onde que iriam passar a noite, quando Sam a encarou por alguns segundos.

-vamos realmente ter que voltar para a sua casa?- perguntou Sam caminhando na rua.

Os postes de luzes iluminavam os asfaltos das ruas da cidade. Havia poucas pessoas caminhando pela rua pelo horário (mesmo não sendo tão tarde).

-sim, temos que voltar. E eu vou aproveitar e perguntar para ela o que...aconteceu mais cedo- bia fechou sua cara ao pensar no momento em que a encontraram, seu sangue ferveu mais uma vez.

-sim...mas será que você vai ser castigada por ter saído da fazenda?- perguntou Sam observando as estrelas enquanto caminhava para a casa de Bia.

-talvez, mas eu não ligo. Eu só quero respostas- Bia caminhava rapidamente, fazendo com que Sam tivesse que apertar seus passos atrás da garota.

Enquanto Sam caminhava, observou que havia algo brilhando no chão perto da calçada. Parou para observar a moeda que brilhava, deixando Bia caminhar sozinha pela rua, que quase não percebeu se Sam não fosse falador.

- você ta quieto demais, o que foi?- Bia virou-se e viu um vulto passar para o beco mal iluminado da rua- aquele idiota...

Bia correu para o beco, começou a gritar por Sam lá dentro, quando uma pessoa lhe pega por trás. Sua mão enorme dizia que era alguém de maior de idade a pegando. Bia tentou gritar, mas o som que fazia não ia para muito longe.

A luz da rua muito bem iluminava se afastava aos poucos, ficava mais fraca a cada grito que dera.

-fica quieta, sua peste...- uma voz masculina lhe veio perto de seus ouvidos.

Quando a garota estava perdendo seu fôlego e prestes a desmaiar, alguém atinge o indivíduo pelas costas, quando sangue escorre por seus ombros. A garota grita, mas alguma pessoa a abraça e tapa sua boca delicadamente, como se não quisesse machucá-la.

O corpo do indivíduo cai em seu lado, mas por conta da escuridão do beco, não se sabia quem era ou o que era exatamente.

Depois de alguns segundos tentando gritar, sentiu aquele abraço familiar demais, assim, parando de lutar contra seus braços gentis.

-ma...mãe..?- disse Bia olhando para o rosto da pessoa que lhe abraçava. Botou sua mão em seu rosto, até ouvir uma risada confortante em sua frente,

-vamos sair dessa escuridão- uma voz gentil ecoava sobre as sombras da noite. Bia, ainda sem fôlego, mancou para fora do beco com o apoio da mulher.

Na fresta do beco se encontraram com Sam, que vinha correndo com uma moeda de ouro em sua mão.

-mas...o que?- ficou confuso ao ver a mamãe servindo de apoio da garota cansada.

-olá, Sam- cumprimentou mamãe a apoiando na parede de uma loja- precisamos sair da rua.

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