Capítulo 2

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Capítulo 2

Parecia que já havia se passado horas desde seu encontro com Bongo, Ani subia e subia, e do lugar não saia, minutos depois a garota se depara com uma silhueta de um ser de braços e pernas longas, curiosa, Ani se aproximou, e ao chegar perto viu que a silhueta se transformava, assustada hesitou, então depois de um instante conseguiu novamente se aproximar, e ao chegar mais perto ela por fim viu a criatura se transformar em luz, não em uma, mas em várias, assim como o céu, ela subiu um pouco mais, e uma voz lhe gritou:

— Garota!

Ela virou-se assustada, mas não viu nada além da luz que encandeava sua visão para além daquilo, quando voltou para o caminho escutou novamente o grito.

— Ani!

— Quem está aí — Perguntou Ani.

— Aqui!

Ani se virou para a luz que se espalhava a suas costas e viu que a voz parecia vir dali, perguntou se não era sua imaginação, mas ao pensar mais decidiu perguntar:

— É você quem está me chamando luz?

— E quem mais seria? — Falou a voz com um ar convencido — Só estamos eu e você aqui.

— É, mas não é todo dia que vemos luzes falantes.

— Muito menos elefantes bípedes com mãos cristalizadas.

Ani ficou em silêncio

— E então? — Disse a voz — Como pretende chegar lá?

— Onde?

— Nas Luzes! Ora, pensei que fosse mais esperta...

— Não me chame de burra! — Falou Ani com uma raiva tão pequena quanto ela — não...

— Não lhe chamei de burra... Apenas ressaltei sua falta de percepção

— Hum...

— E então, como pretende chegar lá?

— Subindo as escadas! Ora, parecia mais esperto Sr. Luz...

— Rancorosa hum!? Pois é aí que se engana garota, as escadas só servem para subir, e você não quer subir certo?

— Quero chegar as luzes

— Isso! — Gritou o Sr. Luz entusiasmado — Você não deve subir, deve seguir

— Seguir?

— Seguir!

— Isso é muito vago não?

— Para alguns eu diria...

— Poderia explicar mais?

— Preste atenção, você quer chegar as luzes, mas você está indo ainda não é?

— Sim.

— Não! Para chegar as luzes, você só precisa fechar os olhos....

— Para quê?! — Ani perguntou desconfiada.

— Vamos feche os olhos... — Passou-se um tempo, e Ani fechou os olhos — você só precisa fechar os olhos... E entender...

— Entender?

— Que você já está lá!

Ani por um instante acreditou com todas as forças estar lá, e então... Sons, músicas, risadas... Ani abriu os olhos e se deparou com um festival que parecia muito com os de contos de fadas, estava nas luzes finalmente...

Ani, e o Festival CelesteOnde histórias criam vida. Descubra agora