Capítulo 2.

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Home, home again
I like to be here when I can...

(Em casa, novamente em casa
Eu gosto de estar aqui quando posso)

Presente

Crescer.

Quando é que a pessoa chega no estágio que alguém diz "Nossa! Ela cresceu!". Tem idade certa para isso? Crescer significa a idade ou a mentalidade? Os dois juntos? Se a pessoa não tem mentalidade, mas tem idade, ela pode se considerar uma pessoa crescida? Maya fazia esses questionamentos muito profundos enquanto voltada da escola com sua bicicleta vermelha. Um dos pontos positivos de estudar perto de sua casa, era poder ir e voltar com sua bike. A garota de dezessete anos ainda aproveitava e exercitava suas pernas, pois só assim para ela fazer algum tipo de exercício. Sair de casa unicamente para malhar não era para ela, nunca seria para ela. Maya já tinha entendido isso e aceitava ser assim, mas sua melhor amiga, Jordana, ainda não. A garota de cabelo curto vivia perturbando Maya para correrem juntas. Maya, que amava a amiga, dizia que faria qualquer coisa por ela, menos ir correr. Não adiantava, ela não tinha nascido para isso e agradecia a genética boa de sua mãe, pois, comendo as guloseimas que dona Anália fazia, era para Maya ir rolando para a casa e não sentada em cima da bicicleta.

Eram quatro horas da tarde de uma sexta-feira de junho. A semana tinha sido muito puxada, Maya estava focada na escola e em seu curso de desenhos. Ela tinha que ficar muito mais na escola agora, pois estava em seu último ano e dependia das notas para receber as — temidas, assustadoras — cartas das universidades. Só de pensar nesse assunto, suas pernas tremiam. Quem dera o ingresso para a vida acadêmica fosse fazer uma pintura. Se desenhar fosse o ponto chave para entrar em uma universidade nos Estados Unidos, Maya estaria com a vaga em Princeton garantida. Não que ela quisesse ser convencida, mas ela sabia que sabia desenhar bem. Entretanto, o ingresso para a universidade eram as notas ou algum destaque no meio de esportes. Como Maya Morelli e esportes estavam em lados opostos da vida, sua única saída eram as notas. Felizmente, ela era inteligente e além disso, gostava de estudar, se ela mante-se o ritmo e não deixasse as notas caírem, a garota apostava que conseguiria bons ingressos, só dependia unicamente dela, o que a confortava e a apavorava ao mesmo tempo.

Maya não fazia idéia de onde tiraram que a frase "seu futuro só depende de você" era reconfortante.

Não era, se parassem para pensar, era meio — completamente — apavorante.

Maya chegava em sua casa e viu, da esquina, o pai lavando o carro. Seu pai era o melhor do mundo, ele não se importava com muitas coisas materiais e adorava cuidar das plantas, o único defeito do pai de Maya era o amor por carros. Era o único bem material que ele daria a vida, a dela e a de seu irmão. Da mãe de Maya a garota achava que não, ela não conhecia homem no mundo mais apaixonado que seu pai.

— Boa tarde, pai.

A menina diz, segurando a alça da mochila lilás e parando quase de frente para o homem, que estava concentrado na mangueira, jorrando água no carro vermelho.

— Oi, princesa, como foi a aula?

Oliver pergunta, curioso.

Mesmo vivendo com sua filha por dezessete anos, ele ainda se espantava em como sua garotinha era a cara da mãe.

As duas eram as coisas mais lindas de sua vida.

Ian também era, mas o garoto teve o infortúnio de puxar a ele, branco de cabelo liso. Sua esposa, Anália, dizia que Oliver era o homem mais bonito de mundo e toda vez que ela dizia isso, Oliver tinha vontade de fazer amor com ela.

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⏰ Última atualização: Sep 21, 2022 ⏰

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