Until It's Gone

Thinking Out Loud

Voltei para casa a passos acelerados, mesmo sem ter certeza do que havia acontecido e de quem tinha visto, corri até em casa.

Assim que cheguei, tranquei a porta e me escorei no chão, o que estava acontecendo? As pessoas não voltam dos mortos, não assim.

Elas não podem voltar.

Tentei acalmar minha respiração, não fazia a menor idéia do que havia acabado de acontecer, estava começando a ficar sem ar.

“Respire Malik, respire” meu subconsciente ordenava “mantenha o controle Zayn, você é bom nisso, apenas mantenha o controle”

Fui respirando fundo e aos poucos me acalmando, respirei fundo uma ultima vez, então me levantando do chão.

Fui em direção a cozinha, precisava de água, abri a geladeira tirando de lá de dentro uma garrafa cheia de água e sentando-me em uma das cadeiras ao redor da mesinha redonda no centro do cômodo.

Senti a água gelada me rasgar por dentro, o “mantenha o controle Zayn” não saía da minha cabeça, é só o que eu preciso fazer, manter o controle.

Levantei-me da cadeira, com a garrafa de água já pela metade, fui até o banheiro, me livrei daquelas roupas e então girei o registro.

A água morna escorreu por mim num ritmo quase torturante, eu precisava relaxar, estava agoniado, parecia que os últimos trinta minutos haviam acabado com toda a felicidade que tive nas últimas quatro horas.

Ah as últimas quatro horas, a melhor lembrança do último mês.

Saí do Box com uma toalha que sinceramente precisa ser lavada, me sequei ali mesmo e fui até o quarto, peguei uma cueca em uma gaveta uma calça de moletom dentro de outra, estava pronto, hoje não pretendia sair de casa, muito menos abrir a porta para ninguém, precisava pensar sobre os acontecimentos do dia.

Podemos começar pelo melhor deles: Lola

Deitei-me na cama e comecei a me lembrar de nossos beijos, mesmo após almoçar ainda sinto o gosto dela, seu cheiro, a imagem de seus olhinhos enormes brilhando para mim, por mim, não saiam da minha cabeça, a forma com ela segurava meus ombros e acariciava meu pescoço, seu toque parecia ainda estar presente, era como se eu ainda pudesse senti-la, ali no banheiro junto á mim.

Sorri ao lembrar de seu rosto quando me chutou, sua expressão de culpa, aposto que ele não fazia idéia do quanto doía até me acertar, tão inocente...

Mordi o lábio ao me lembrar dos dela, eles eram incríveis, lembro-me de certa vez ter considerado a hipótese de que ela nunca tivesse beijado ninguém, hoje eu a desconsidero, ela beijava muito bem para quem nunca tinha o feito antes.

Lembro-me de cada detalhe do dia de hoje, dos olhos de Harry em chamas quando nos viu juntos dentro da sala, certamente ele pensa que vai tirá-la de mim, mas está enganado.

Suas mãos, essas sim, levaram minha imaginação á loucura nas últimas semanas, ela era tão macia, parecia não saber muito bem o que fazer, foi incrível guiá-la de tal forma, nos encaixávamos perfeitamente, aquele momento nem sequer parecia real para mim.

Era inacreditável até agora, roubei três beijos incríveis e ainda deixei Harry irritado e certamente isso deixou Louis irritado também, então posso considerar um trabalho muito bem feito.

Fechei os olhos e por um instante, pude sentir o cheiro dela ali, parecia que ela estava por perto, muito perto, parecia que eu podia tocá-la, como eu preciso disso, preciso beijá-la, fazer ela esse sentir minha novamente.

Mas ao abrir os olhos ela não estava lá, só havia eu em um quarto completamente bagunçado.

Meu sorriso se foi, uma expressão decepção tomou conta de mim naquele instante, o fato de precisar dela, não estava nos planos, achei que aquilo, passaria depois de hoje, quando na verdade, eu a desejo ainda mais do que antes.