Love in the Dark

11

Ao longo da noite, até o sol nascer, Harry repassou tudo no quarto dos sonhos. Ele se perguntou sobre a névoa e as formas que ele perseguiu, e quanto mais ele se perguntava, mais ele tinha a enjoativamente certeza de que eram armadilhas que Voldemort colocou para atraí-lo para uma visão. 

Encolhido na cama, Harry sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Ele pensou no hematoma que vira nas costas e teve o mesmo pensamento repetitivo: não era possível.

Só ... a última vez que uma visão foi assim, o Sr. Weasley quase morreu. Tinha sido culpa de Harry, como a cobra - como Nagini, o último companheiro da alma de Tom Riddle.

Ele se virou e olhou para a forma adormecida de Ron, que, a menos que ele apertasse os olhos, era apenas uma massa sombria de membros esparramados por cima e sob os cobertores. Os roncos relaxados e leves de Ron viajaram pela escuridão e o irritaram. 

Deve ser legal. 

Harry suspirou levemente. Não era ele; isso era sua irritabilidade e inibições perdidas por causa de sua exaustão. Harry poderia raciocinar o quanto quisesse, mas ainda se sentia mais terrível e mal-humorado a cada minuto. Parecia que ele não dormia desde que estava em casa, na sala vazia do cativeiro e do tédio. Ele tinha descansado então, então por que não agora?

A resposta óbvia era que Voldemort estava tramando algo, mas a questão de como ele estava chegando a Harry, fisicamente agulhando e agredindo-o de seu subconsciente, era um problema totalmente diferente.

Harry desejava desesperadamente desconectar seu cérebro por um tempo. Esse sempre pareceu ser o problema ... mas nunca nesse grau.

Pela sétima vez, ele rolou para o lado e a estrutura da cama rangeu com seus movimentos. Ele apertou o travesseiro no ouvido e olhou para a escuridão.

Houve uma sensação que veio em ondas desde que ele acordou: frustração. Harry tinha certeza de que era um esforço de equipe, entre Voldemort e ele, o que o fez sentir tanta raiva de uma vez.

Enquanto Harry olhava fixamente através da escuridão para as tábuas do chão que ele não conseguia ver, ele discutiu ferozmente consigo mesmo.

Primeiro, ele se sentiu um maluco absoluto. Seus pensamentos circulavam continuamente até o hematoma que ele vira no espelho do banheiro. Honestamente, ele poderia ter conseguido isso de qualquer lugar nos últimos dois dias; poderia ser mera coincidência que ele estava lá ... no lugar exato que doeu quando o sangrento Voldemort o jogou contra uma parede sangrenta.

Então, o outro lado de sua mente entrou em ação e apresentou um argumento. Um caso praticamente para Voldemort. Sussurros que invadiram e disseram que ele não poderia fugir para sempre, que essa tentativa de liberdade era algo que Voldemort iria despejar mais e mais recursos contra até que o Lord das Trevas encontrasse sua alma separatista ...

Então o lado mais esperançoso dele saltou sobre o barulho de sua miséria alimentada pela exaustão, e disse que ele tinha chegado até aqui, empurrado por toda essa merda e saído do outro lado. Ainda em uma situação de merda, mas os detalhes não puderam ser evitados.

Tratava-se de resultados. Além disso, ele sabia mais sobre o estado das coisas a cada dia. Cada obstáculo era a capacidade de fazer mais e chegar mais perto do fim da corrida pela sobrevivência. Tinha que haver um fim para essa loucura, em algum lugar, algum dia.