O segundo encontro

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Sinto-me como uma adolescente idiota em frente à loja Hardware Clayton’s. Ela esta trabalhando hoje. Eu respiro fundo e a localizo dentro de trinta segundos. Ela esta em um cadastro, olhando para uma tela de computador, absorta em sua tarefa, enquanto come um pãozinho. Às vezes ela retira os restos do canto da boca com a língua, às vezes com o dedo indicador. De repente eu tenho o desejo de ir e chupar aquele pedaço de pão do seu lábio. Ela parece tão adorável quanto eu lembrava, de fato muito melhor em seu jeans e camiseta. Muito, muito melhor...

Ela olha pra cima e seu computador já não bloqueia nossos olhares. Ela engata a

respiração. Eu sorrio. Eu estou feliz em ver que posso afetá-la da mesma maneira. Isso significa que ela não é hetera. Ela está surpresa, pois seus olhos estão mais amplos.

-Srta. Cabello. É uma surpresa agradável ver você aqui.

Ela olha minha roupa, minha regata, botas, e seus olhos demoram um pouco em minha regata estou satisfeita.

-Srta. Jauregui? – Ela consegue respirar. Interrogando.

-Eu estava na área. Eu preciso estocar alguns itens. – Eu digo, explicando-me.

Ela está mordendo o lábio novamente, corando.

- É claro Srta Jauregui. – Ela gagueja primeiro, em seguida, ela usa seu sorriso de

funcionária e pergunta... – Em que posso ajuda-lá?

- Eu preciso de algumas braçadeiras. – Digo sorrindo. Eu poderia fazer muita coisa com

você usando eles. Meu olhar escurece. Ela cora novamente. Ela mostra o caminho e

então me ajuda a encontrar fita adesiva e corda. Ela pergunta se eu estou redecorando.

Não baby, eu não estou redecorando. Eu tenho pessoas que fazem isso por mim. Estes

são para projetos pessoais que você provavelmente nunca experimentou. Mas seria

divertido ensinar você.

Ela cora com meu olhar novamente. Ela está tão afetada por mim quanto eu por

ela. Eu tenho que perguntar-lhe alguma coisa para mantê-la envolvida.

- Você trabalha aqui há muito tempo? – Embora eu já saiba a resposta. Quatro anos é

um tempo parcial. Ela responde afirmativamente, seus olhos ainda estão caídos e tímidos. Ela me mostra dois tipos diferentes de fitas. Eu escolho o mais largo.

- Mais alguma coisa Srta. Jauregui ? – Ela pergunta em voz sussurrada e rouca. Sim, ela é

definitivamente afetada pela minha presença. Encontro-me respondendo no mesmo tom.

Quando mais tarde ela corta os filamentos de corda com eficiência, pergunto-lhe se ela sempre foi escoteira, contemplando atentamente. Ela fica corada novamente, e em  um ato de nervosismo, olha para suas mãos abaixo e remexe os dedos como se quisesse tirar água deles.

- Não Srta. Jauregui, só organizada, as atividades em grupo não são realmente minha praia.

Eu não estou nessa. - Ela se atreve a dar uma olhada sob seus longos cílios. É frustrante tentar decifrá-la. Eu pergunto... - E qual é sua praia, Camila? – eu

peço em voz baixa. Ela engasga um pouco com minha pergunta. Eu acho que já sei a resposta. Aposto que são livros.

- Livros. – Ela diz, mas seu olhar diz outra coisa, fazendo-a corar. Atrevo-me e dizer

50 tons de camrenOnde histórias criam vida. Descubra agora