Foda-se a Papelada

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Eu não consigo tirar o seu rosto da minha mente. O seu olhar destruído e o desgosto que foi exibido em seu rosto, como se alguém de sua família tivesse morrido.

Eu não posso retirar o que eu disse. É para seu próprio bem. Ela é muito inocente.

Muito doce. E também merece algo melhor do que eu posso lhe oferecer. Mas, então,

sua presença me puxa para ela. Eu estou dilacerada por dentro com esses tornados de emoções. Eu apenas não posso apresentá-la ao meu mundo escuro! Ela merece algo

melhor. Alguém que fique aos seus pés, e que seja corações e flores, porque é isso que

ela claramente deseja. Mas então, a ideia de alguém tocá-la me mata por dentro.

Eu odeio esse sentimento estranho que esta me comendo, agarrando minha alma.

Eu odeio ser assim. Eu sou seca com todos. Mesmo Taylor, que geralmente usa sua cara

de pôquer. Estou muito nervosa.

Tem sido uma maldita semana. Eu a observo de longe como uma adolescente. Ela

vai para a faculdade, vai para o trabalho. Eu ainda gerencio meu mundo a partir do Hotel Heathman, em Portland. Eu posso dirigir minha empresa daqui até eu terminar meu dever para o início da cerimônia de formatura no WSU onde eu deverei fazer um

discurso para a turma de formandos. Incluindo ela... Camila. Porque não consigo tira- la da minha cabeça? O que eu sou? Uma maldita adolescente? Diversão... O que eu

preciso é de diversão. Mas nada é atraente para mim, exceto ela. É como se o seu corpo

me chamasse, seu espírito, seu sangue, seu ser. Eu não posso escapar deste sentimento,

porra!

Eu tenho que fazer algo para mostrar a ela que estou interessada nela. Mas eu

ainda sinto que tenho que avisá-la. Ela é uma dessas mulheres românticas dos clássicos

britânicos. Eu decidido enviar-lhe "Tess Of The D'Urbervilles", de Thomas Hardy,

primeira edição. O que me custou uma nota. Tenho certeza de que ela irá lê-lo. Eu quero

que ela fique longe, mas não quero ficar longe. Devo dar-lhe pelo menos um aviso. Se ela me rejeitar, pelo menos, posso talvez seguir em frente. Talvez...

Escrevo um bilhete:

Por que você não me disse que não havia perigo?

Por que você não me avisou?

Senhoras sabem se precaver, por que leem romances que lhes contam esses truques...

Eu envio a primeira edição dos livros, juntamente com o meu bilhete, para sua

casa. Eu espero que ela leia o aviso. Mas parte de mim quer que ela o ignore. Eu nunca

desejei tanto alguém e eu já tive algumas mulheres. Eu me repreendo porque eu posso

escolher mulheres. Quase qualquer mulher. Mas eu não quero qualquer mulher. Eu quero ela! Talvez, se eu esperar até sua graduação e se eu a ver, então, talvez, eu possa

declarar minha intenção para ela. Eu estou perdendo a porra da minha cabeça! Ela

enfeitiçou meu corpo e minha alma. Eu não quero ficar longe dela.

50 tons de camrenOnde histórias criam vida. Descubra agora