PREDIÇÃO ( Hanma X Male Leitor )

IV

VISÃO DO HANMA


Agora que olha para o rosto sereno que [Nome] tinha ao dormir Hanma sentiu preocupação que o garoto carregasse algum trauma. As enfermeiras o limparam, para prevenir infecções das sujeiras, a pele branca do rapaz estava coberta de hematomas, e só de imaginar o que ele passou fazia Hanma se encher de ódio. Ele faria os malfeitores pagarem caro.

[Nome] dormiu por um bom tempo, tempo esse que Hanma ficou ao seu lado, sem as enfermeiras nem mesmo saberem que ele estava ali. Infligindo a regra do hospital de tempo de visita. Hanma permaneceu quieto, de olhos fechados e a cabeça apoiada na maca, ao lado da barriga de [Nome]. O maior refletia pela primeira vez sobre o caminho que tinha tomado.

Foi assim que a Tomam se sentiu com a morte do Baji? O Draken se sentiu assim pela Emma? Por que não me senti assim pelo Kisaki? Eu o amei, mas existe alguma diferença nesse amor? Por que agora é diferente? O [Nome] nem morreu.

Confuso e frustrado Hanma decide abrir os olhos, e percebe que as cores em [Nome] estavam mais vivas do que nunca, ao redor dele tudo continuava sem cores, mas [Nome] tinha cores mais vivas do que qualquer cor que Hanma viu ao lado de Kisaki. A pele de [Nome] não era mais tão branca como antes, agora era mais fácil de ver uma cor rosada, o que o maior imaginou ser a cor normal. Agora além do roxo, também dava para ver o sutíl amarelo nos hematomas. E o vermelho nos arranhões nunca pareceram tão vividos.

-- o que tá acontecendo comigo? -- Hanma estava com a mão cobrindo a boca, ele se levanta e vai até a porta, confuso, depois olha para [Nome], e então some pelos corredores do hospital.

VISÃO DO [NOME]

O sono de [Nome] parecia ter durado pouquíssimo tempo, apesar de ele sentir que já dormia a tempos. Seu corpo todo doía, de cima a baixo, e principalmente em baixo. Ele tentou se levantar e sentiu o corpo protestar, então voltou a se aconchegar nas cobertas finas, sua mente ainda meio sonolenta lembrou de ter mandando a localização a Hanma, de repente ele se deu conta do peso em sua mão, seu celular ainda estando ali. Suspirando aliviado ele checou a mensagem, Hanma havia visto, mas não tinha falado nada, então [Nome] presumiu que após ver a mensagem o maior tinha ido até onde ele estava e o levado ao hospital, isso o deixou feliz.

Eu nem o conheço direito, nem a muito tempo, por que tenho certeza que ele viria me ajudar? Alguém pode simplesmente ter me encontrado e ligado para o hospital.

[Nome] estava estranhando a confiança que tinha em Hanma, ele amava Hanma? Ele duvidava disso, ele não sentia as mãos suarem ou o coração acelerar quando estava perto do garoto, e nem ficava mais bobo ou gaguejando. [Nome] não entendia que isso não era uma certeza, e que nem sempre para amar você sente essas coisas.

Chegando a conclusão que via Hanma como um amigo confiável apesar de estranho [Nome] esperou até que alguém aparecesse no seu quarto hospitalar. E agradeceu quando, para matar seu tédio, uma enfermeira apareceu, ela era idosa, mas sorridente, e perguntou se o rapaz possuía dores muito forte nos locais dos hematomas, os lugares que mais a preocupavam eram as costelas e as marcas de estrangulamento em seu pescoço. Ele a acalmou e disse que as dores não eram tão fortes, então não tinha quebrado nada e conseguia respirar normalmente.

Enquanto tinha uma conversa agradável com a enfermeira [Nome] não tinha como prever que Hanma estaria conversando com o médico de seu caso. O maior havia dito ser seu irmão, e só assim foi permitido a permanecer ali, e enquanto conversava com o médico Hanma descobriu quem eram os agressores, após descobrir seus rostos ele os reconheceu, eram os mesmos caras em quem havia batido algumas horas antes de encontrar [Nome] em um parque alguns dias atrás.