capítulo 2 |Sonolência

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M
I
S
T
Y
...

Eu nunca fui embora mas isso não significa que eu nunca quis ir.

...

Eu estava sentada numa das vigas da torre Eiffel balançado os pés como uma garotinha.Desde que eu abandonei o meu posto de héroina eu perdi o acesso a essa vista incrível da cidade da luz e era bom estar de volta.
Eu estava embriagada pelo prazer do momento e totalmente perdida nos meus próprios devaneios quando meu telefone tocou.

📳

-No que posso ajudar senhor Agreste?

-Onde você está?

-A uns 60 metros do chão.

-Onde?

-Na torre Eiffel idiota.

-Como diabos você foi parar aí?

-Eu conheço um cara,que conhece um cara,que me deixou subir.

Ele ficou em silêncio por um momento como se pensasse no assunto.

-Me fala a verdade.

Eu respirei fundo odiando o fato de que ele me conhecia bem demais.

-Eu subi quando não tinha ninguém vendo.

Ele deu uma riu como se aquilo fosse particulamente engraçado -mesmo não sendo- e a risada forçada denunciava o fato de que ele estava nervoso.

-Você tem provas?

-Eu vou te mandar uma foto.

-Você é maluca!

-Se alguém receber essa foto você vai ficar estéril -ameaçei.

-Ai.

-Por que você me ligou?

-Você sabe que está cometendo um crime não é? -respondeu mudando de assunto.

-Eu gosto de viver perigosamente -respondi.

-Vamos desça daí eu preciso de companhia.

-Você não vive sem mim não é?

-Tome cuidado quando for descer daí.

-Eu sou a pessoa mais cuidadosa do mundo,Agreste.


No solo,verifiquei a localização do restaurante e fui caminhando sem pressa.As ruas de Paris eram lindas a noite,a brisa batia fria e entrava pela minha camiseta enquanto eu me concentrava no som dos meus próprios passos.
Quando cheguei no restaurante o segurança acompanhou meus passos com os olhos esperando minha próxima ação quando eu me juntei ao Adrien na mesa ele se curvou levemente e passou a olhar para outro lado.(As vezes ter um amigo branco,loiro e rico ajuda a passar uma boa impressão.)

-Babaca -rosnei.

-Deixa ele para lá.

Eu queria que fosse tão fácil.

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