Boa leitura!
❗ Aviso de gatilho❗
Esse capítulo vai conter cenas de violência, além de insinuação de abuso.
Vai retratar também uma relação abusiva.
Um relacionamento abusivo não é exclusivamente vivido apenas entre cônjuges, mas pode vir acontecer em qualquer tipo de relação, inclusive a familiar, assim como será retratada nessa história, mas especificamente entre Jungkook e seu "pai"
Se qualquer um desses fatores for um gatilho para você, peço que leia com cuidado, ou não continue.
Era quase irônico o terror esmagador que me consumia enquanto eu balançava a perna incontrolavelmente, sentado ao lado de Namjoon no banco do passageiro. Roía minhas unhas sem perceber que a pele ao redor já estava dilacerada, vermelha e sangrando. A ansiedade me atacava com uma intensidade inédita. O desespero era uma contradição amarga; eu, que havia prometido nunca me entregar a alguém a ponto de confiar minha vida em suas mãos, agora sentia meu interior clamar aflito por uma pessoa em particular.
Jungkook, Jungkook... Jungkook.
Ele dominava todos os meus pensamentos. Seus olhos decepcionados, que jurei nunca mais ver desde a noite do nosso primeiro beijo, agora me assombravam com a possibilidade de vê-los novamente, cheios de tristeza quando soubesse de tudo.
Como eu poderia lidar com isso? Suportar a dor era fácil para mim; eu me acostumei a esconder tantos sentimentos que já havia perdido as contas das vezes em que engoli o desgosto e segui em frente. Mas como poderia assistir ao sofrimento dele e continuar machucando-o?
Porque, por mais que não fosse minha intenção, era isso que aconteceria. Eu o magoaria cada vez mais enquanto executasse o plano de Richard contra Jeon Jaebum, o homem que Jungkook via como seu pai.
Depois de todas as revelações que Richard havia feito, ele me contou sobre o plano de fazer Jeon confessar, já que só assim Jungkook acreditaria em tudo. Richard não esperava que o homem fosse preso de fato; sua única preocupação era que seu filho deixasse de viver aquela mentira. Ele só desejava que o garoto finalmente soubesse a verdade.
Mas esse suposto plano exigiria muito de todos nós. E eu era um dos mais ativos nele, já que ficaria encarregado de confrontar Jeon na frente do filho, desestabilizá-lo até que contasse toda a verdade, usando a memória de sua mulher morta para fazê-lo falar.
O que era repugnante, porém, necessário.
Teria que contar a Jungkook sobre a grande probabilidade do acidente que tirou a vida de sua mãe ter acontecido propositalmente, pelo seu suposto pai, só para que ela não o afastasse dele assim que descobriu sobre tudo, e essa seria a pior parte de tudo.
Por mais que a mulher não fosse de fato quem lhe deu a luz, a mesma foi tudo na vida daquele menino, e isso acabaria com ele.
Foi por isso que em completo desespero eu implorei para que Richard me permitisse falar com o mais novo antes, que me desse a chance de contar tudo da maneira menos dolorosa possível, e se caso não funcionasse, seguiríamos com o plano. Era uma tentativa desesperada de poupar meu Jungkook de uma dor ainda maior.
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DISTRITO 111 |Jikook
Mystery / Thriller• CONCLUÍDA • Park Jimin é um detetive totalmente dedicado ao trabalho e aos amigos, gosta de ter tudo sob controle em sua vida e odeia situações novas as quais não planejou. E das muitas coisas que aprendeu antes de se tornar um policial, ler as pe...