- Pensa Ally, se você fosse a senhora do tempo onde se esconderia?Ally já estava bem longe, agora rodeada de árvores e sem saber para onde ir.
- Argh, oque eu estou fazendo? mais que droga. Não tem saída só árvore e mais árvore. E essa porcaria de neve.
Ela andava irritada chutando a neve. O capuz lhe cobria o rosto, seu nariz estava vermelho.
- Sério que aquela moça estranha não podia simplesmente me mandar um sinal? uma luz? alguma ideia? "As cartas me dizem oque eu preciso fazer" - Ally dizia imitando de forma desajeitada a moça. - aposto que tudo isso é uma furada. Quer saber? eu cansei!
Ela para e se senta apoiada em uma árvore, afundada na neve apoiava sua cabeça em seu joelho, poderia naquele momento começar a chorar e lamentar o fato do universo odiar ela, mais Ally simplesmente se calou, encarava a neve com um olhar sereno desenhando formas aleatórias nela, ou ao menos tentando.
O silêncio ficava cada vez maior, um dos únicos sons era o da sua própria respiração.Então a segundos depois, cortando o ar uma nova flecha passou pela sua cabeça, levando sua atenção para um alto garoto de capuz verde saindo do meio das árvores.
- Ah... Você de novo?
Ally estava frustrada, por algum motivo tinha esperança de ser a mulher das cartas lhe dando uma luz.
- E você outra vez...
Os dois se encaravam, o capuz do garoto lhe cobria todo o rosto fazendo com que fosse quase impossível vê-lo.
Ele logo ia sair dali voltando pelas árvores, quando uma voz abafada ecoou pela floresta.- Por ali ele foi por ali.
Dava para perceber o olhar desesperado do garoto, pronto para correr e fugir quando Ally atrapalhou seus pensamentos.
- Estão atrás de você... Mais nem se parece com uma bruxa.
- Oque? não, parece que eu roubei o filho de um dos fazendeiros. Agora querem minha cabeça...
Então o garoto abaixa ainda mais o capuz e começa a correr em direção a floresta atrás de Ally. A garota pensava em correr atrás dele e oferecer algo para que ele a ajudasse, mas ela não tinha nada.
Ally se levanta e abana a neve de suas vestes, e segundos depois é parada pelos 4 fazendeiros e 1 menino que corriam atrás do garoto.- Mocinha, você viu para onde ele foi? - Um dos fazendeiros, o mais alto, falava em um tom confiante.
- Ele quem?
- Um garoto com capuz verde. - O menino tomava a palavra, era pequeno o rosto estava vermelho, de raiva ou frio.
- A claro, ele foi... - Ally pensava se valia a pena entregar o garoto, não eram quase nem conhecidos, mais por algum motivo de força maior ela apontou para a direção errada. - Ele desceu por aquele morro, disse algo sobre água e montanha. Não foi muito claro.
Eles então correram para lá, desciam o morro gritando e correndo, até um deles pareceu ter tropeçado em meio a essa euforia.
Ally sem muita escolha, segue a direção da floresta atrás dela. Não sabia para onde ir então simplesmente seguiu sua intuição.- Agora está me seguindo?
O garoto a surpreendeu saindo detrás de uma das árvores.
- Na verdade acho que quem está me seguindo é você.
- Como isso seria possível?
- Eu que lhe pergunto.
Os dois se encararam por um tempo, o capuz do garoto não tampava seus olhos dessa vez. Era um tom verde meio acinzentado, Ally se encontrava presa naquele olhar, os dois estavam.
Um barulho em uma das moitas tirou ela daquele transe, um gato manchado saía dali. Ally se abaixou para fazer carinho no pequeno.
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Ponteiros
خيال (فانتازيا)Após um encontro nada agradável com um garoto de algum século passado, algo faz com que Ally acabe indo para outro tempo. E agora seu único objetivo é voltar a sua realidade.