Kushina, uma prostituta, morre, deixando para trás uma dívida e uma criança. Naruto, que após a morte da mãe foi criado como um escravo no bordel em que ela trabalhava, tem seu debute como prostituto com seus dezoito anos em um evento chamado Cerimô...
Oi, oi! Demorou bastante, mas o capítulo chegou! Antes de mais nada, esse capítulo é bem simplezinho, mas marca o fim do primeiro arco da fanfic. Depois desse, as coisas vão começar a caminhar :)
Além disso, vocês podem estranhar esse capítuloinicialmente, porque eu troquei as aspas por travessão. Os próximos vão ser apenas com travessão também, já que nessa fonte com serifa fica mais bonito. Boa leitura!
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A neve derretera. Os pequenos flocos que polvilhavam as flores tornaram-se nada mais que água para regá-las; os ventos gelados que forçavam os habitantes do Império do Norte a se cobrirem com mantos pesados e peles de animais se foram – o Inverno tinha ido embora e era chegada a Primavera.
Na capital, as casas foram decoradas com arranjos de girassóis e flores selvagens; as perfumarias exibiam suas novas fragrâncias e os cafés atraíam crianças com seus doces coloridos e florais. Os ômegas que passeavam pelas ruas alegres, nas quais pessoas gentis distribuíam rosas em homenagem à estação mais amada do Império, discutiam sobre quais joias comprariam e de quais festas participariam. Com a chegada da Primavera, muitos ômegas começavam a preparar festas do chá e bailes, afinal, era o momento perfeito para se envolver no círculo social da nobreza.
As expectativas para os próximos dias primaveris estavam altas, ainda mais quando os primeiros bailes foram anunciados e os primeiros convites distribuídos. Muitos – ou todos – foram para a mansão Uchiha, e embora soubessem que dificilmente o Arquiduque participaria de algum, ainda mantinham a esperança de que ele aceitasse o convite. A presença do Arquiduque aumentaria a moral de qualquer família com todo o Império, era uma oportunidade que nenhum dos gananciosos nobres queria perder.
E na própria mansão Uchiha, cujas flores também enfeitavam aqui e ali – embora de maneira mais discreta e organizada –, as expectativas também eram altas. Faziam anos desde que ocorrera um baile na mansão Uchiha, mas em tempos alegres como aqueles, em tempos de mudança e paz, quem sabe esta não seja uma das inúmeras coisas que podem mudar? Os empregados da mansão Uchiha não iriam admitir em voz alta, mas os mais velhos sentiam falta dos tempos em que os bailes da mansão eram frequentes e fartos, e os mais novos sentiam saudade do que não puderam viver. Quando a Arquiduquesa era viva, os bailes da mansão Uchiha iluminavam todo o Império, com luxo, convidados e comida o suficiente para serem igualados aos bailes imperiais. Mas este tempo... ele há muito se foi. E embora todos esperassem que ele voltasse, não tinham certeza se de fato voltaria. Porém, a mudança era inegável. E quem a provocou era igualmente inegável.
No escritório do Arquiduque, um suspiro soara. Suigetsu, que ocupava as mãos e distraía o tédio com um livro que começara a ler há alguns dias, parou sua leitura no meio do caminho. Ele virou-se para o motivo do som, encontrando, sem surpresas, o olhar pensativo de seu milorde. Entre as mãos enluvadas havia uma carta, cujo selo era muito óbvio: uma árvore de galhos fortes e madeira resistente, capaz de segurar e proteger todos como uma muralha. Pois era isso que a família imperial era: uma muralha.
