Espada e Flores (Livro I)

Prólogo

-Meu mestre ficará feliz em ter sua cabeça como um troféu, semi-deusa idiota.- disse o ser mais estranho que já vi na minha vida. Ele é literalmente um Touro, e estava em pé empunhando um enorme machado.

-Cale a boca seu esquisitão, ou único morto aqui será você se não sair do nosso caminho!- disse Arthur entrando na minha frente e ficando em posição de ataque.

- Minha pobre criança, você será o primeiro que eu irei estraçalhar.

Arthur logo fez com que sua armadura o cobrisse, como se fosse mágica, e eu empunhei minha espada ficando juntamente com ele na posição de ataque. Eu não aparentava, mas estava com tanto medo dentro de mim que parecia que a qualquer momento iria explodi, e sairia correndo dali.

Logo aquele monstro veio em nossa direção como se fossemos seus oponentes em um torneio. Podia ver como estava furioso apenas olhando em seus olhos. Sua sede de sangue se tornou evidente quando ele gritou, ou melhor, berrou sinalizando que iri atacar. Eu estava desesperada. Não havia treinado quase nada, e provavelmente não sobreviveria aquela luta. Olhava desesperada para todos os cantos procurando Luna e Lizzie. Onde essas duas se enfiaram!?

Arthur logo foi para cima dele o atacando, e eu nem sequer conseguia me mexer. Estava com tanto medo que minha mente deu pane, e eu fiquei lá em posição de ataque observando o monstro atacar Arthur como se sua vida dependesse da nossa morte.

Por mais que Arthur lutasse com toda sua força, ele ainda não seria capaz de derrota-lo, e isso me fazia querer estar o mais longe possível, pois não teria força para lutar contra ele, e nem para ver Arthur morrer.

Antes que eu pensasse em mais alguma coisa meu corpo é atirado no chão junto com o de Arthur, ele havia sido arremessado como um boneco de pano, ele gritava, mas eu não escutava nada, pois meu corpo entrou em colapso junto com a minha mente.

Arthur me sacudiu assustado e com raiva, só não sabia se era porque estava perdendo a luta ou porque eu não estava ajudando.

- Se levanta e me ajuda!- ele gritou me colocando de pé e eu despertei do meu transe interno.

Me joguei em seus braços e nós dois rolamos no chão novamente. E antes que ele pudesse tentar me matar por esse ato repentino e maluco, o machado do monstro passa por cima de nós acertando a parede de um prédio qualquer. Ele me olha assustado, mas ainda assim consegue me mostrar um sorriso nervoso e envergonhado.

Ele rapidamente nos rolou para o lado novamente, e o monstro, em pouquíssimos segundos, pousou exatamente onde estávamos. Dessa vez ele tinha um sorriso travesso nos lábios e um olhar bem divertido.

- Estamos quites.- disse ele antes de se levantar e voltar a atacar o monstro que ainda tentava a todo custo nos matar.

Eu tentei, tentei ao máximo me levantar e ajudar Arthur a deter aquil, mas ainda estava ali, sentada no chão observando cada golpe que um dava contra o outro. Até que Arthur se descuidou, e o monstro se aproveitou disso lhe dando um golpe que o fez cair com tudo no chão. Sua armadura logo sumiu, e ele estava totalmente indefeso.

- Sophia!- ouvi sua súplica e pude até sentir sua dor, mas ainda não conseguia me mexer, e sentia que aquilo nos mataria.- Por favor!

O Touro lhe segurou pela camisa, e o levantou como se ele fosse uma pluma, pronto para cravar seu machado no peito do meu da pessoa que veio me salvar. Não conseguiria ver aquilo, e nem precisaria.

Em um momento repentino, eu segurei minha espada e fui com tudo para cima daquele monstro. Antes que ele puddese desviar dos meus golpes, o ataquei com todas as minhas forças, fazendo com que a mão que ele segurava Arthur fosse decepada. 

Antes que qualquer outra coisa acontecesse, desferi um golpe quue terminou com tudo aquilo. O Touro se ajoelhou, e caiu no chão, agora sem sua cabeça, já que a ela estava na minha mão. Minha espada pingava seu sangue, e eu segurava sua cabeça como meu troféu. O primeiro de muitos.

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