Odeio sempre voltar.
Mais uma madrugada.
Está tão gelada.
Talvez as madrugadas geladas que passei chorando por ti não foram suficientes.
Afinal eu voltei,
para ser sincera,
minha volta é quase garantida.
Acho que vou congelar.
Não entendo o porque ainda quebro minhas próprias promessas.
Sempre volto a escrever aqui e em qualquer outro lugar,
mesmo sabendo que você nunca lerá minhas mais sinceras palavras.
Sei que tudo isso é super infantil da minha parte.
Mas o que posso fazer?
Mesmo que eu não queira coração ainda bate por ti.
Eu deveria simplesmente deixar todas as nossas lembranças irem embora junto com o vento de todo amanhecer.
Junto com teu sorriso,
teu abraço,
teu toque,
teu beijo,
teu cheiro,
teu olhar...
Deveria deixar você ir embora.
Sei que talvez você não quisesse partir meu coração agora.
Deveria...
Seria...
Aconteceria...
Minhas últimas semanas foram recheada dessas palavras.
Elas são cheias de talvez e perguntas,
particularmente odeio todas as palavras que me enchem de dúvidas do que seríamos.
Vou começar a te esquecer a partir de agora,
prometo a mim mesma que é a última vez que venho aqui.
Já deu disso.
Vou começar a esquecer as tardes que passamos juntos,
as risadas,
os olhares,
as piadas,
os beijos,
o desejo que eu tinha por mais alguns minutos.
Vou jogar tudo fora.
Desta vez,
você vai embora.
Mas confesso pra ti,
não sei se vou conseguir cumprir essa promessa.
Sinto falta de tudo que citei acima,
até das nossas brigas sinto falta.
Mas já que você sempre nos afasta,
talvez seja melhor eu deixar,
e simplesmente me afastar para não me machucar.
Queria que soubesse o quão importante você foi,
ainda é.
Queria que soubesse o quanto me doeu,
ainda dói.
Mas não posso continuar.
Por que tenho que nos deixar?
Por que não posso continuar?
Enfim... De qualquer forma,
adeus.
Prometo que dessa vez não volto mais a escrever sobre nós.
