𝓪𝓽𝓮́ 𝓺𝓾𝓮 𝓪 𝓶𝓸𝓻𝓽𝓮 𝓷𝓸́𝓼 𝓳𝓾𝓷𝓽𝓮 - AIDAN GALLAGHER

1-𝕃𝕀𝕊𝕋𝔸

s/n ON

Passo meus dedos pelo contorno do desenho da minha irmã, pulmões feitos a partir de um mar de flores, pétalas florescem de cada extremidade em uma explosão de rosa claro, branco e em azul mesclado, mas, de alguma forma, cada uma tem uma singularidade, uma vibração que indica que florescerá para sempre. Algumas nem floresceram ainda, mas consigo sentir a promessa de vida pulsando dentro de cada um dos pequenos botões, esperando para se desdobrar sob o peso do meu dedo. Essas são as minhas favoritas.

Ao percorrer a última pétala da última flor, minha mão desce pelo desenho, meus dedos traçando o céu estrelado e cada pontinho de luz que Ava fez na tentativa de capturar o espaço. Eu tusso, afastando minha mão, e me inclino para pegar uma foto de nós duas na cabeceira da cama. nossos sorrisos aparecem por trás dos cachecóis cinzas, os pisca-piscas de Natal do parque brilhando sobre nossas cabeças.

Essa foto sempre me faz lembrar daquela sensação. A de embarcar numa aventura com a minha irmã, só nós duas.

Sento na cama e pego meu bloquinho e lápis da mesa de cabeceira, observo a longa lista de tarefas que fiz hoje de manhã , começando com: 1-planejar uma lista de tarefas -o que já risquei com um sorriso no rosto, e terminando com 22: comtemplar a vida após a morte. Passei a manhã inteira tentando deixar esse quarto sem graça mais com a minha vibe, agora parei e olhei ao redor observando os desenhos que Ava me deu durante os anos.

E logo a baixo se encontrava um monte de aparelho médico ,bem ao lado uma daquelas típicas poltronas de hospital, feita de um couro sintético, aquilo oficialmente era horrível .Olho com receio para a bolsa de soro vazia, pensando que as primeiras rodadas de antibióticos está a exatamente uma hora e sete minutos de distância ,sorte a minha.

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espero que estejam gostando