4

106 9 0
                                    

BOAZ

— A própria. — Afirmou ainda me olhando. — Você não está bravo não, é?

— Porque eu estaria bravo? — Ri sem humor nenhum. Eu estava PUTO! A desgraçada da Ísis estava trepando com o filho da puta do Gustavo pelas minhas costas? Aquela bruxa não podia ter feito aquilo, não depois do que quase aconteceu entre nós. Quase.

— Sei lá cara, você conheceu ela primeiro né, mas sabendo que entre vocês não ia rolar nada, apesar de ter uma tensão sexual, então liguei pra ela naquele mesmo dia e a gente tá se vendo desde então.

Naquele mesmo dia? A maldita tinha sentado em outra piroca depois que eu tinha ido embora? Carrasca! — Que bom, mano. — Falei com um gosto amargo na boca sem nem entender direito o porquê.

— Também acho. — Bebeu sua cerveja e só então reparei que a conversa na mesa tinha continuado em outro assunto. Olhei meus amigos rindo e Tato logo se entrosou de novo na conversa.

De repente a minha bebida tinha ficado muito ruim e meu estômago estava queimando. Eu não ia sossegar enquanto não confrontasse com ela. Inventei uma desculpa esfarrapada e sai do pub indo na direção da casa daquela desalmada.

Estacionei na porta de Ísis e desci mais irritado do que deveria estar. Sua madrinha estava com uma cesta de flores nas mãos. Corri a ajudando e a senhora sorriu ao me reconhecer.

— Oi, Boaz, veio ver a Ísis?

— Ah, vim sim. — Cocei a cabeça. — Ela está?

— Ela subiu ainda agorinha, filho, fica à vontade.

— Vou terminar de ajudar a senhora. — Me prontifiquei e ela deu uma batidinha no meu ombro.

— Imagine, aqui já terminou, eu vou indo em seguida também, marquei com umas amigas de jogarmos um baralhinho, passe aqui por dentro, o portão ali do lado tá fechado. — Riu. — Bom ver você, aparece mais vezes. — Acenou a mão e eu me despedi indo rumo as escadas.

Encostado no portal bati algumas vezes na porta de Ísis sem sucesso. Estava pronto para mais algumas batidas quando um grito de "Já vai, madrinha" soou abafado e eu esperei.

Não estava preparado quando a porta se abriu e ela pareceu quente demais mesmo saída do banho. Uma toalha branca curta enrolada no corpo e uma lilás enrolada na cabeça.

— Como foi que você subiu aqui? — Pareceu tão chocada quanto eu.

Subi os olhos para encontrar seu rosto. — Sua madrinha me deixou subir.

— E o que você quer? Eu estou meio ocupada hoje, Boaz.

Engoli seco tentando formular palavras, mas encarando sua boca bonita e seus olhos escuros minha mente girou: "Ísis e Marena". — Que história é essa que você está transando com Gustavo, hein, Ísis? — Decidi por acusar logo como se tivesse algum direito.

A filha da puta riu da minha cara se encostando na porta despreocupada. Descarada.

— Fala sério, foi para isso que veio, Boaz?

— Não! — Rebati irritado da sua falta de vergonha. — Eu vim pra isso aqui. — Dei um passo à frente a obrigando a andar para trás enquanto eu passava pela porta e a empurrava contra ela.

Meu corpo parecia prestes a entrar em combustão, algo vindo de dentro que eu não conseguia explicar muito bem me fazia perder a razão.

Esmaguei Ísis contra a madeira e suas mãos vieram para o meu peito, mas a filha da puta não me empurrou, ao contrário disso. Espalmou os dedos e mirou meus olhos. Quando percebeu que eu encarava sua boca gostosa ousou a pôr a ponta da língua para fora afim de umedecê-los.

Então eu te conheci (Degustação - DISPONÍVEL AMAZON)Onde histórias criam vida. Descubra agora