ÍSIS
— Tato, até que enfim cara. — O loiro levantou e eu fiquei boquiaberta olhando aquelas duas miragens em formas masculinas a minha frente. Estourou um cano de homem bonito e dois deles estavam na minha frente.
Em algum momento eles falaram de mim e eu sem disfarçar abri o sorriso que eu sabia ser o meu mais bonito.
— Oi. — Soltei docemente e vi o loiro me olhar meio estranho, mas o ignorei mirando apenas no médico gostoso.
— Olá. — O doutor pareceu entender meu recado e sorriu de volta antes de uma limpada na garganta nos interrompeu.
O estraga prazer nos encarava com cara de poucos amigos.
— Eu e está moça tivemos um acidente hoje de manhã, preciso que ela faça alguns exames.
— Sou Ísis, é um prazer, doutor. — Estendi a mão sem nenhum traço de vergonha e o médico capturou meus dedos na sua mão macia antes de se aproximar me dando beijinhos na bochecha.
— Gustavo Henrique, mas pode me chamar de Henrique, ou de Tato. — Riu carismático e minha boceta imaginária bateu palmas. Eu ia dar muito para aquele macho.
—Tato. — Abri mais um sorriso. — Sou Ísis, resumindo tudo, seu amigo aí gosta de velocidade e me atropelou hoje cedo, meu tornozelo está doendo acho que preciso de um ortopedista.
— Sorte sua eu ser um, então?
— Ah, você é? — Ergui as sobrancelhas surpresa e uma risadinha escapou.
— É, ele é, e acho bom começar a cumprir a ética do médico paciente. — A voz do intruso interrompeu a trocada de olhares maravilhosa que eu dava com o doutor gostoso. Ele já era meu.
— Nossa Boaz, você sempre mal-humorado. Relaxa, brother. — Gustavo olhou para o loiro e eu acompanhei por ser a primeira vez que escutava seu nome.
— Você se chama Boaz? — Falei pensando que o nome apesar de ser bíblico era pouco comum.
— E você se chama Ísis. — Ele pareceu entender meu tom de voz e me acusou de volta.
— Minha vó quem escolheu, cala boca! — Comecei a guerra.
— E o meu era do meu avô. — Rebateu.
— Acalmem-se. — Gustavo acalmou os ânimos. — Bom, você disse que foi atropelada, se sente bem? Foi uma pancada forte? — Perguntou para mim, mas Boaz intrometeu.
— Eu consegui frear, ela só caiu de mal jeito...
— É, mas dói bastante para andar. — Fiz drama me apoiando nele e Tato me olhou preocupado.
— Vamos ver isso? — Apontou para uma cadeira de rodas e eu me sentei visivelmente fazendo uma cena. Não era para tanto, não doía assim. Mas eu precisava dar muito para aquele médico. — Você espera aí, daqui a pouco voltamos vou levá-la para fazer alguns exames.
— Eu não posso ir com ela?
— É melhor não. Você é meu amigo, mas podem reclamar, voltamos logo. — Gustavo respondeu sorrindo e eu encarei Boaz que me olhava de cara feia.
— É, melhor não. — Ri falsamente e infantil que eu era o encarei de volta me sentindo feliz por Deus ter mandado um amigo quase tão gostoso quanto ele e então botei a língua para fora como uma criança birrenta.
Boaz pareceu surpreso demais arregalando os olhos e abrindo um pouco a boca, totalmente chocado com minha atitude e quando comecei a ser empurrada para longe fui capaz de ver que ele sorriu. E puta que pariu, ainda bem que foi só de relance, pois foi um puta de um sorriso.
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