ÍSIS
Me enrolei na toalha certa que era para meu corpo que tinha sido jogada sobre a mesa de centro pois estava com a que antes enrolava meu cabelo e respirei fundo tentando situar tudo que tinha acontecido ali. Sidney escolheu aquele momento para entrar correndo na sala com o seu sanduíche de pelúcia na boca e vem para perto de mim pulando e se aconchegando ao meu lado, eu ainda estava abalada.
Aquele idiota tinha tido a audácia de vir me confrontar por estar transando com o amigo dele transando comigo?
Boaz era um ridículo, era esse o único adjetivo que eu tinha depois de gozar tanto naquele pau que ainda sentia meu interior se apertando. Com raiva vou para o meu quarto.
— E então lindinho, está tendo um bom dia? — Aliso seu focinho deixando um beijo perto de sua orelha. — Quer saber de uma coisa, Sid? Mamãe está precisando sair, acho que todo esse sexo com Tato e não o bastante transar com o babaca do amigo dele no meu sofá não é suficiente...— Afaguei o cachorro por mais alguns minutos antes de decidida discar os números da minha melhor amiga.
— Lembrou que eu existo, puta! — Clara atendeu carinhosa como sempre, mas eu entendia sua irritação não há respondia há dias. Não respondia ninguém há dias. (Estava em crise existencial? Sei lá)
— Vi um acidente com um caminhão de galinha, liguei para saber se você está bem.
A risada escandalosa veio do outro lado e eu soube que estava perdoada. — Vadia! Senti saudade, tudo bem? E o pé?
— Comigo está sim, já tirei a tala (meu médico particular tirou minha tala com o pau entalado na minha boceta? Sim! Foi bizarro não tente imaginar.) Vamos sair hoje?
— Não brinca comigo! Vamos demais que eu tô precisando horrores! Onde tá pensando em ir?
— Sei lá, naquela boate que você pegou o dono? — Impliquei.
— Sua vaca! — Mais uma gargalhada veio. — Vamos na que abriu semana passada, o Dj que vai tocar hoje é ótimo!
— Combinado, esteja aqui em casa às dez pra fazer me delineado. Preciso ir agora, beijo!
Pouco depois das onze e meia da noite Clara e eu estávamos nos esgueirando entre as pessoas para chegar no bar da boate lotada.
Eu me sentia lindíssima depois que Clara tinha passado meia hora cobrindo minha cara com suas maquiagens caras. O conjunto de falso látex que eu usava era totalmente sexy, deixei o cabelo solto cair com as ondas naturais e os sapatos que estavam nos meus pés me deixavam dez centímetros mais altas.
— Vamos beber o que? — Clara perguntou ao meu lado e estava tão lindíssima quanto eu, o vestido caía perfeito em seu corpo tão cheio de curvas quanto o meu. Dois caras que estavam por perto nos encaravam tanto que cutuquei minha amiga:
— Das duas uma, ou a gente tá muito gata ou tão pensando de que circo a gente escapou.
A gargalhada alta de Clara chamou a atenção de boa parte das pessoas que nos rodeavam.
— A gente sabe que é a primeira opção, mas veste o seu colete de solteira guerreira que hoje a gente veio dançar e beber muito, não vamos ficar agarrada com macho hoje, não tô pra isso.
— Isso! — Concordo batendo a mão na dela. — Cerveja?
— Pode ser. — Ajeitou os cachos que tinha passado boas horas fazendo no babyliss.
Agarrando nossas cervejas andamos para pista e começamos a dar um verdadeiro show.
Clara tinha razão, o Dj era ótimo, tocava funk com batidas que era impossível não descer até o chão, em pouco tempo já tínhamos dispensado alguns caras enquanto nos divertíamos juntas como não fazíamos a muito tempo.
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RomansO LIVRO NÃO SERÁ POSTADO COMPLETO ESTÁ DISPONÍVEL NA AMAZON Ísis Boaventura é uma garota intensa e independente, dona do próprio nariz desde que conseguiu se livrar de um relacionamento abusivo. Agora vivendo seriamente a sua nova ideologia de ser l...