Capítulo 56

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+100 votos e 50 comentários e tem maratona de 10 capítulos

Júlia

Acordei com a minha mãe fazendo carinho no meu cabelo, já sabia que o dia seria maravilhoso. Vivo falando que atitudes ou até mesmo palavra pode mudar o dia de uma pessoa, e sigo acreditando nessa minha ideia.

Claudia:Já sei que vc está acordada - me balança de leve e eu dou um sorriso e aposto que ela sorriu também - Vamos levantar e almoçar - abro os olhos e porra já está no horário do almoço? - Sim filha, vc acordou meio tarde hoje - parece ler meus pensamentos e eu levanto da cama sem falar nada

Vou até o banheiro e faço tudo que tinha pra fazer e logo depois vou pra cozinha, aonde meus avós e minha mãe já estavam. Coloquei minha comida e comemos em silêncio, tinha uma parada errada aí.  Mas eu só iria comentar algo quando terminasse de comer, mó fome.

Júlia:Então... - falo assim que engulo a última colherada de comida

Teresa:A gente tem uma proposta pra vc - minha avó toma a frente da parada - Nossa ideia é fazer vc voltar para Minas Gerais, lá vc vai ter seu emprego e não correrá tanto perigo que nem aqui, aqui vc não está protegida minha querida - pega na minha mão e eu olho pra minha mãe, e ela? ela também não está protegida aqui - Sua mãe já tem uma idade certa, que nem eu e seu avô. Já vc, é jovem e tem uma vida pela frente, vc ainda tem que conquistar o mundo Julinha, e aqui a gente sabe muito bem que não será possível...

Mário:Invasões acontecem do nada minha jujuba, a gente não quer te perder

Isso era fato, acontecem a todo momento e a gente nunca vai saber quando será, o horário e nem o dia. Mas isso eles tinha que ter pensado antes, antes deu ter encontrado o amor da minha vida e os meus amigos.

Não foi fácil ter que deixar todos eles pra trás e principalmente a minha mãe, eu passei noites e noites chorando, meus avós não viram, eu sempre esperava eles dormirem pra depois derramar um rio de lágrima. Não foi fácil.

E nem será, não quero ter que sentir todas aquelas paradas novamente, não tô preparada pra sofrer.

Em algumas partes eu até entendo eles, eu precisava de emprego e de proteção. O Rio é muito mais preconceituoso do que Minas Gerais, em Minas Gerais eu me sentir acolhida, fiz até amizade.

Mas nada disso é suficiente pra deixar o rio, deixar a minha casa.

Hoje já tenho outra mente, sei diferenciar as paradas, eu preciso ir pra Minas Gerais mas não posso deixar tudo outra vez.

Não quero quebrar a confiança da Victoria, sim gente eu sei que se ela for realmente minha amiga,ela tem que entender, compreender e aquela democracia toda.

Mas a minha escolha não é por causa disso, envolve vários bagulhos.

Eu simplesmente não quero deixar minha coroa nesse estado e não quero magoar o Victor. Logo agora que a gente estava se entendendo.

Porém, eu não entraria em uma briga com a minha família por causa disso. Tenho mais de 18 anos mas ainda preciso deles, vivo nas custas deles e isso me mata também, por isso quero tanto um emprego. Mas cá entre nós que eu não faço o mínimo pra ter um emprego, só quero saber de festa e mais festa, teria que mudar essa questão.

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