Como Eu Amarei Você...

[ 6 - Super-Filhos ]

Praça Glenmorgan, Metropolis

O centro de Metropolis estava agitado. Ao chegarem na cidade, os garotos decidiram patrulhar e escolheram um ótimo prédio para observar as ruas. Enquanto Damian fazia o uso de um monóculo, desenvolvido por Lucius Fox para o Batman, Jon usava seus próprios olhos, usufruindo de sua visão perfeita. Nada passava despercebido pelos garotos, contudo, havia algo incomodando o jovem Kent; desde a sugestão de visitar Metropolis, os dois não trocaram uma única palavra e isso corrompia os pensamentos de Jon. Havia um impasse em sua mente, entre se desculpar ou questionar Damian sobre o que ele tinha dito que acabou o afetando. Porém, Jon descartou as opções assim que o silêncio se tornou pesado, além do mais, ele não estava interessado em contestar o temperamento grosseiro do jovem Wayne.

— Aqui... — Damian estava estendendo a mão para Jon. — Coloque isso no ouvido.

— O que é isso? — Jon questionou, avaliando o dispositivo minúsculo.

— Pontos de ouvido. Serão úteis se nos separarmos.

Jon assentiu quieto e colocou o ponto em seu ouvido direito. Testou rapidamente e tomou ciência de que funcionava, confirmando para Damian. Gritos no beco ao lado chamaram a atenção dos garotos, que correram para verificar. Avaliando rapidamente, Damian viu cinco homens encurralando duas garotas assustadas. Jon se inclinou para agir, mas o Wayne lhe impediu com um gesto.

— Eu cuido deles. — Jon assentiu. — Procure algo maior.

Antes que o Kent pudesse responder, Damian havia sumido na escuridão, assim como o pai geralmente fazia. Instantes após o Wayne descer, Jon se apoio na beirada do terraço e aguardou por um crime. Do outro lado da cidade, ecoou uma explosão que foi captada pela audição apurada e Jon se concentrou para ouvir as rádios policiais, mas não conseguiu nada. Então, ao pular do prédio impulsivamente, ele voou em direção ao local da explosão.

— Jonathan, onde você está indo? — Damian perguntou, aparentemente ofegante.

— Ouvi uma explosão, provavelmente um dos laboratórios da LexCorp. Estou indo fazer a verificação.

Damian não respondeu e Jon se sentiu pressionado a perguntar.

— Damian?!

— Encontro você assim que sair daqui! — ele berrou.

Jon cogitou em voltar para ajudá-lo, mas se recordou do quão habilidoso o Wayne é, dispensando qualquer reforço oferecido.

Um impulso maior fez Jon voar mais rápido, alcançando o local da explosão. Jon desceu dos ares e observou um policial conversando com outro, próximo a uma viatura.

— Com licença, senhores. — O garoto engrossou a voz. — Sabe me dizer o que aconteceu aqui?

Os policiais se viraram.

— Meu Deus, é o Superboy — resmungou o policial mais novo. — Venha ver, Ben, é o Superboy.

Jon cruzou os braços e disse:

— Senhores? A explosão. — Com o queixo, ele apontou para o prédio.

— Ah, é claro, peço perdão pelo meu colega — disse o policial mais velho. — Recebemos informações de que haveria uma explosão em um dos laboratórios da LexCorp, então evacuamos todos da cidade. Não sabemos quem ou o que causou a explosão, contudo estamos tentando investigar. A pessoa que fez isso não queria machucar ninguém, mas nos enviou o horário exato da explosão.

— Certo. — Jon se virou e começo a flutuar. — Obrigado.

Voando rapidamente, Jon chegou ao andar da explosão e usou seu sopro congelante para apagar as chamas. Caminhando pelo corredor, ele encontrou uma sala de vidro completamente destruída e focou em um frasco no chão, esparramando um líquido verde. Jon se agachou e aproximou o dedo do líquido, mas, ao tocá-lo, sentiu uma sensação ruim que o fez retirar as mãos e se levantar.