[ 7 - Al Ghul ]

2.7K 248 156
                                    

Mansão Wayne, Gotham City

Quando a manhã chegou, os garotos ainda estavam juntos. Jonathan foi o primeiro a acordar e teve a sorte de presenciar o sono pesado de Damian, contudo ele queria que o dia fosse diferente, então levantou-se e foi direto fazer suas necessidades básicas no banheiro. O jovem ainda estava com sono, porém sabia que se caso voltasse a se deitar, não levantaria pelo resto do dia. Após escovar os dentes, Jon abriu a porta do banheiro e deu de cara com o Wayne, com o rosto ainda amaçado. O Kent se assustou e Damian revelou um sorriso de canto. A surpresa foi o suficiente para deixá-lo corado.

— Tudo certo? — perguntou Damian.

— Hã... Sim, sim, acordei meio agitado.

Assim que Jon sai do banheiro, Damian entra e fecha a porta. Seguindo para a cama enquanto observava a TV desligada, Jon se admirava com a beleza da decoração do quarto de Damian. Sentando-se na beirada da cama, o Kent explora os detalhes da pintura e do chão de madeira gelada. Quando o Wayne sai do banheiro, Jon dá espaço para ele se sentar na cama e ambos revelam estarem inquietos.

— Acho que vou dar uma volta pela casa — avisou Jonathan. — Quer vir comigo?

Damian abanou as mãos.

— Ah, agora não, preciso de mais uns minutos para acordar. Mas... vá com tranquilidade, certamente encontrará alguém por aí, essa casa é enorme e pessoas vivem surgindo como fantasmas aqui dentro...

Jon riu e se levantou, assentindo.

Caminhando pelos corredores, Jon começa a prestar atenção em detalhes que não se atentou anteriormente, como as pinturas da família Wayne ao longo das gerações. A mansão é como um labirinto, há sempre um novo corredor, há sempre uma nova porta.

Os jardins também escondiam novidades, como novos caminhos e estátuas de gesso. Jon interpretou as paisagens rústicas ao redor como agradáveis para o gosto de Bruce, pois era a proposta da mansão. Em uma cidade onde não há muitos dias de sol e céu azul, espera-se que o seu lar lhe forneça conforto. À cada passo em cada curva, Jon se lembrava do que parecia estar acontecendo entre ele e Damian, cada momento com ele tomava os pensamentos do jovem e ele não conseguia evitar. Jon nunca lidou bem com a própria ansiedade, ele passou grande parte da vida pensando em probabilidades, em como elas poderiam sair do controle e quais seriam as suas soluções. De qualquer maneira, passear pelo jardim parecia uma ótima forma de esfriar a cabeça. No entanto, ao encontrar uma estátua de um anjo grego, Jon se interessou e se aproximou para analisar com precisão. O monumento era espantoso e, ao mesmo tempo, admirável. De repente, ao tocar uma parte da mão da estátua, o chão se abre sob os seus pés e ele desliza por um tubo íngreme de metal para a parte subterrânea dos jardins da mansão.

Com os olhos fechados, Jon conteve a reação e questionou-se para onde aquele caminho iria levá-lo. Até que enfim, ele vê uma luz e percebe que está sentado no chão. Olhando para os arredores, Jon finalmente entende que está na parte superior da batcaverna. Ao se levantar, ele caminha até a sacada e consegue perceber duas pessoas conversando no andar de baixo. Jon começou a flutuar e voou para baixo, chamando a atenção de duas pessoas que revelaram ser Bruce e Dick.

— Jon? — Dick balbuciou. — Como chegou aqui?

O garoto pisou no chão e avaliou a caverna.

— Estava andando pelo jardim e acidentalmente descobri uma passagem secreta.

Bruce assentiu suavemente, com os braços cruzados.

— Estou interrompendo? — Jon se preocupou. — Desculpe, não foi a minha intenção...

Dick sorriu e negou com a cabeça, simbolizando que estava tudo bem.

Como Eu Amarei Você...Onde histórias criam vida. Descubra agora