Escritório

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Naruto estava estressado. Não entendia como em apenas uma tarde fora do escritório poderia acumular pilhas e pilhas de documentos para revisar e assinar.

Não conseguia controlar também a vontade insana de xingar todos que apareciam em sua frente ou que ousava respirar o mesmo ar que ele. Será que a culpa era de Sasuke?

Bom, se não fosse o Uchiha não estaria uma bolota inchada e cheia de raiva. Sim, sem dúvidas era culpa daquele safado.

Merda. Respirou fundo, não podia deixar o estresse o consumir, não faria bem para o filho.

Era o Hokage, tinha uma vila toda para pôr em funcionamento, não podia jogar tudo para o alto e ir comer um pote de sorvete. Repetia mentalmente que só tinha que aguentar mais um mês até a licença paternidade, Kakashi ficaria em seu lugar e tudo daria certo.

Mais relaxado, voltou ao trabalho e ao longo do dia fez inúmeros relatórios, assinou/analisou documentos, típico assalariado escravo do capitalismo.

E quando já via tudo embaçado, enfim, seu expediente terminou. Mal esperava para chegar em casa, comer uma deliciosa refeição preparada por seu Sasuke e depois dormir agarradinho com ele.

Aproveitou os minutinhos de preguiça antes de começar a juntar suas coisas e divagou sobre como não conseguiram chegar a um consenso sobre o nome do filho.

Sasuke queria um nome mais horroroso que o outro e depois de várias discussões decidiram que Naruto ia escolher o nome dele e o próximo filho(a) seria Sasuke. Tudo em paz.

Foi tirado de seus pensamentos ao perceber um vulto entrar abruptamente pela janela. Seu coração disparou. Um ataque? Um nukenin? Estava tão perturbado que nem percebeu o indivíduo se aproximando por trás de sua cadeira.

– Senti saudades, amorzinho.

Naruto voltou a respirar e seu coração acalmou ao reconhecer a voz grossa sussurrada em sua orelha.

Mas, isso não queria dizer que Sasuke iria sair impune, quase teve uma parada cardíaca naquele momento. Estava sempre com medo desde que foi proibido de fazer atividades ninjas. Tinha inimigos, temia por seu bebê.

Depois de limpar o suor que se acumulou por conta do nervosismo, virou lentamente a cadeira na direção do namorido, com a mão em punhos e o melhor olhar de ódio.

– Você quer morrer, teme? Ou melhor, quer me matar e matar seu filho? – perguntou com a voz controlada.

– É claro que não quero, só quis fazer uma surpresinha para os meus bebês.

– Surpresinha? Eu quase caí duro aqui no chão, teme! Você não pode ir entrando pela janela quando esconde seu chakra, merda.

– Me desculpa, amor. Eu realmente não quis te assustar. – Se abaixou, dando beijinhos pelo rosto do loirinho. – Só vim te fazer uma visitinha, neném, você me desculpa?

– Hm, talvez eu te desculpe se fizer algumas coisinhas...

– É mesmo? E o que eu tenho que fazer? – perguntou rouco, roçando os lábios no queixo dourado.

– Ajoelha e mama – disse sério e direto.

Sasuke sentiu seu membro fisgar ao ouvir a frase tão depravada sair sem hesitação dos lábios vermelhinhos. Céus, um dia Naruto ainda o mataria.

I see red | SasunaruOnde histórias criam vida. Descubra agora