Hipoteticamente

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"No instante do entanto

diga minha poesia
e esqueça-me se for capaz
siga e depois me diga
quem ganhou aquela briga
entre o quanto e o tanto faz"

- Toda poesia de Paulo Leminski

Clarice está revisando suas anotações em cima de sua cama quando uma batida soa na sua porta 

- Entra - ela disse e Pansy aparece 

- Oi, eu queria saber como você tá, com essa merda toda sabe - ela dizia e se sentou na ponta da cama de Clarice

- Estar bem é uma palavra muito forte, mas eu sabia que isso iria acontecer, mas não pensei seria tão cedo, pensei que eu estaria mais preparado do que estou agora - Clarice disse juntando os pergaminhos 

- Isso é muito doido, ainda mais por não termos nem noção  quando tudo isso vai vir a tona 

- E eu ainda tenho que falar com Delphi, me reaproximar e eu não faço a mínima ideia de como fazer isso - Clarice disse estralando os dedos 

- Para começo de conversa eu nem sei o porque de vocês terem terminado a amizade 

- Isso é  história para outra hora - Clarice disse e Pansy nem quis tentar forçar a barra já que sabia respeitar o espaço da loira

- Mas e se fizéssemos uma festa de ano novo? E chamar todos os sonserinos, e ai a gente daria um jeito de vocês duas terem um momento para conversarem - Pansy disse 

- Mas aqui?  Tenho certeza que a maioria não vai ficar por aqui 

- Não, na casa de vocês em New Orleans, já passei minhas férias com Blaise e Draco lá, e não seria difícil aparatar para lá, já que todos do nosso ano já  sabem, e quem não sabe conhece alguém que sabe e  também podemos disponibilizar chaves de portal. A casa é gigante, há vários quartos para quem quiser ficar depois da festa - Pansy diz articulando

- Pans, isso é maravilhoso - Clarice diz sorrindo e Pansy teve certeza que com aquele sorriso da loira ela havia ganhado o dia dela 

- Teremos que falar com Draco obviamente já que ele é que tem as chaves para acabar com a proteção da casa, mas ele vai ceder 

Clarice realmente estava feliz, além de conseguir completar uma das etapas do plano ela poderia respirar um pouco na festa, fingir que toda essa merda não está acontecendo e que eles são apenas adolescentes normais que estão se embebedando e cheios de hormônios. 

Clarice olhou para Pansy e a mesma falava sobre como poderiam organizar a decoração e sobre a lista de convidados e os olhos negros da mesma brilhavam como se organizar uma festa fosse na verdade um poço cheio de ouro de diamantes.

E foi esse momento exclusivo de felicidade, momentos raros, momentos que as duas estavam felizes por uma simples coisa.

Momentos como esses não devem ser só observados, devem sentidos, e foi esse motivo que fez Clarice segurar o rosto delicado entre  as mãos e pressionar seus lábios. 

Os lábios de Pansy eram macios como Clarice imaginou que seriam, mas devido ao choque inicial Pansy não correspondeu o beijo e isso fez com que Clarice se afastasse e levantasse da cama. 

- Des-desculpe, isso foi um erro - ela dizia enquanto calçava suas botas

- Clarice espera - Pansy disse ainda meio atordoada 

- Não, eu tenho que ir, tenho que ir na biblioteca - Clarice disse indo até a porta

- Mas são uma e meia da manhã - Pansy disse mas a loira já tinha saído do próprio quarto

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