Prólogo

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3 anos atrás...

Arthur

Estou saindo da empresa de um amigo meu corretor com um sorriso de orelha a orelha, como diz a expressão , consegui comprar uma casa incrível em Londres para mim e para a Luana e lógico nossa pequena Isadora, que ainda não nasceu, faltam alguns meses ou semanas, não lembro direito, hoje terá um jantar na casa da minha sogra, e nele terá várias notícias boas

Sou despertado dos meus pensamentos pelo toque do meu telefone, na tela vejo o nome do Antoni e ergo uma sobrancelha, e atendo procurando a chave do meu carro no bolso da calça

*Ligação on

-Oi Ant...

-Vem pro hospital- ele me interrompe 

-O que acont...- acho a chave e desligo o alarme e entro no mesmo

-Só vem pro hospital caralho- ele me interrompe de novo

-Eu tenho que saber o porque primeiramente

-Não vou colocar a vida de pessoas inocentes te deixando nervoso no trânsito, então vem pro caralho do hospital ************, e por favor não dirige rápido e mata alguém- desliga e eu reviro os olhos

*Ligação off

Sigo em direção ao hospital que ele disse, e não é tão longe de onde eu estava, no caminho senti uma sensação como se meu coração estivesse sendo apertado, e então me veio na mente que pode ter sido ou algo com a Anne ou com a Luana, e acelero mais um pouco a velocidade do carro, uns cinco minutos depois eu chego no mesmo

Ligo para o Antoni para perguntar onde ele estava, e o mesmo disse que ira vir me encontrar, uns dois minutos depois o vejo saindo do elevador e ele me procura e depois de olhar o mesmo lugar pela terceira vez me vê, percebo que o mesmo está abalado, seu terno está todo amassado e os cabelos totalmente desalinhados, o que desde que o conheci, nunca vi

-Arthur preciso que se sente- pede e sinto meu corpo ficar tenso, me sento na cadeira que havia atrás de mim e ele respira fundo -Ouve um acidente...pelo que os policias falaram a atenção principal estava totalmente focada no Luan e na Anne- o ar falta nos meus pulmões

Minha irmã.

-Porém confundiram a Luana com a Anne...- não deixo ele terminar e levanto rápido da cadeira

-Quem fez isso?

-Diego padrasto da Anne e a Marília filha dele e ex-secretária apaixonada do Luan- tudo que eu via agora era apenas vermelho -Eles se embriagaram e bateram no carro do Luan, morreram na hora, o Luan e a Luana estão em cirurgia...- o interrompo novamente

-E a Anne? 

-Ela viu a cena e acabou tento um aborto veio para o hospital com eles, ela teve uma parada cardíaca no caminho e está em cirurgia neste momento, de acordo com as informações que recebemos está tendo os bebes- sinto então meu mundo desmoronar e me sento novamente e começo a chorar. A última vez que chorei foi no dia em que minha mãe adotiva faleceu

Alguns minutos depois minha sogra apareceu e o Antoni repetiu tudo que havia me falado para ela que veio até mim e me abraçou, e depois começou a chorar, quando estavamos mais controlados o Antoni nos levou para a sala de espera do terceiro andar onde os outros estavam (Larissa, André e Alexia) 

Eu não conseguia ficar parado era como se necessitasse estar me movendo todo o tempo, para o tempo passar mais  rápido e o meu cérebro tentar processar de melhor forma  as informações que recebi, só quando vi médicos vindo em nossa direção eu me encostei em uma parede que havia próxima a dona Andressa

-Doutora como meus netos, minha filha e a Anne estão?- dona Andressa foi a primeira a se pronunciar quando a doutora Webber e mais dois médicos pararam na nossa frente, ela era a médica obstetra das meninas, todos nós estamos aflitos, eu encarava a médica querendo ler seus pensamento e tentava ler suas expressões faciais 

-Os bebes por mais que tenham nascidos prematuros são bem fortes e estão na UTI Neonatal, o parto da Anne foi bem complicado devido a grande hemorragia tida, eu consegui controlar, porém o útero dela ficou muito danificado, acredito, que ela não pode mais engravidar- todos ficamos abalados a Alexia olha para a médica como se suplicasse para que fosse mentira, minha irmã não merecia nada disso

-E a minha noiva- resolvi me pronunciar

-O parto teve complicações assim como o da Anne porém a dela era bem mais difícil de resolver...- a médica não completa a fala pois o outro cirurgião a interrompe

-A senhorita Winther teve várias fraturas internas, tendo assim uma hemorragia, a qual demoramos para achar a fonte e assim que achamos ela teve uma parada cardíaca, fizemos tudo que estava ao nosso alcance mais infelizmente ela não resistiu- assim que ele termina a sua fala eu escorrego pela parede a qual estava escorado, chorando desacreditado, meu peito parecia vazio o ar parecia ter faltado, as lágrimas desciam descontroladamente por minha face, olho para as pessoas a minha frente e a dona Andressa grita pedindo para eles trazerem sua filha de volta, a Larissa está com o rosto no peito do André chorando, a Alexia também está abraçada ao Antoni

-E o Luan e Anne como estão- o Antoni pergunta com a voz abalada eu sempre soube que eles eram unidos, eram como irmãos

-A Anne já saiu da cirurgia e se encontra bem, ela ainda está sobre efeito da anestesia- ele assente - E não sei informar o estado do Luan, sinto muito- ele apenas concorda novamente - Daqui a duas horas vocês já vão poder vê-la

-Podemos ver os bebes?- o André pergunta

-Podem sim, eles estão encubados pois precisam de mais um tempinho até estarem bem em 100%- todos  nós assentimos e ela e os outros dois cirurgiões saem dali deixando todos nós com nossas respectivas tristezas

Assim que me acalmo sento ao lado de minha recente ex-sogra e ela me abraça fortemente e volta a chorar no meu peito, meia hora depois os cirurgiões que acredito serem do Luan aparecem

-E então doutor, como meu filho está?- Andressa pergunta temendo a resposta que pode vir a receber do médico

-Conseguimos controlar a hemorragia interna que ele tinha, e restaurar os problemas no braço- um deles fala

-Porém a área atingida no cérebro foi uma área mais delicada, consegui conter a hemorragia porém não se sabe ao certo quando ele acordará- o outro conclui, Andressa volta a chorar no peito meu peito, os meninos agora é quem estão sendo aparados pelas meninas

-Podemos vê-lo?- pergunto

-Daqui a duas horas, vai poder entrar de um em um por apenas cinco minutos cada

Um tempo depois uma enfermeira vem até nós dizendo a Anne já está acordada, a Alexia resolve ir, eu ainda estou abraçado a Andressa, a Alexia vai até elevador para ir ao andar que a Anne está

Uma enfermeira veio novamente até nós, nos avisando que já poderíamos ver os bebes

Eu e a Andressa fomos os únicos permitidos a ver os bebes mais de perto por seremos parentes, os outros ficaram atrás do vidro observando os novos guerreiros que haviam acabado de nascer em meio a tanto caos

Minha filha nasceu e ela vai ser a razão de eu seguir em frente, ela é a minha vida...


Continua...


Uma Nova Chance (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora