Capítulo 31

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Arthur

Eu segurei a Tainá antes de ela cair pego ela no meu  colo, olho para o Luiz de forma desesperada, a Carla está com os olhos arregalados

-Amor pega o bebê, eu levo as malas deles, daqui para o hospital que a Isa está não é longe- o Luiz diz tentando estar calmo

-Luiz como ela está? -nós começamos a andar em direção ao estacionamento

-Os médicos acharam melhor coloca-la em coma induzido depois da cirurgia até ela ter uma melhora pois a cirurgia foi bem arriscada, a Anne assinou os papéis por ser a tia- ele diz e me sinto um pouco, quase nada, mais tranquilo

-E a Andressa?- nós entramos no carro

-Está bem, um tiro pegou de raspão no braço dela e outro na perna quando ela foi para cima da Isa

-Por isso ninguém atendeu a merda do celular?- pergunto

-Sim- a Carla fala -Eu liguei para a Tainá para saber quanto vocês demorariam por causa da burocracia do hospital para a Isa poder ir para a cirurgia, que graças a Deus ocorreu muito bem- ela fala passando a mão sobre a barriga que já demonstra um pouco do indício da sua gravidez

Ficamos em silêncio o resto do caminho, eu fiquei de olho no pulso da Tainá e ficava de olho no Enzo que acordou, chegamos no hospital, eu tiro o cinto da Tainá e a pego no colo

Tiro ela de dentro do carro, um enfermeiro assim que me vê vai atrás de uma marca, coloco a Tainá sobre ela e ele me pergunta o que aconteceu

-Nossa filha foi baleada, ela soube e acabou desmaiando e vomitou duas vezes hoje, acho que ela está grávida- digo e o enfermeiro assente

-Você é?

-O marido dela- ele assente e leva a mesma para a sala de emergência e procura por uma médica

A médica chega e me faz a mesma pergunta do enfermeiro, ele volta e passa álcool em um algodão e coloca em baixo do nariz da Tainá por alguns segundos

Ela começa a despertar, aperto a sua mão, então ela começa a chorar, então abraço ela

-Olá senhora Martins, eu sou a doutora Robins, vou atender você certo?- a Tainá assente ficando mais calma -A senhora lembra do que comeu hoje?

-Uma fatia de torta hoje de manhã- ela diz com a voz um pouco rouca e baixa

-Certo- ela olha para o enfermeiro -Colete o sangue e duas bolsas de sangue- ela olha novamente para nos dois -Até daqui a pouco diz e sai o enfermeiro vai atrás dela, a Tainá me olha

-Como ela está? Eu quero vê-la- ela diz

-Eu também quero, ela está bem pelo o que o Luiz me disse- ela assente e olha para o teto -A Carla levou o Enzo para casa com o Luiz, a Anne e a Andressa estão aqui- ela assente e volta a chorar

O enfermeiro volta e retira sangue dela, que não questiona nada, ele injeta o soro

-Pedi para a médica liberar um calmante para ela, ele não é forte ao ponto de fazer mal a ela, então eu coloquei junto a este soro, ela vai ficar mais sonolenta daqui a pouco- ele diz e eu assinto

-Você poderia por favor onde está Isadora Winther Santini? Ela tem três anos- ele assente

-Ela é o que sua?

-Minha filha- ele assente e sai

Acaricio os cabelos da Tainá enquanto ela dorme, ela passou a viagem inteira acordada, sei que não tirou nenhum cochilo por estar preocupada

-Senhor, ela está no terceiro andar, quarto 342- o enfermeiro diz e eu assinto -Vou levar sua esposa para um quarto, enquanto vocês esperam o resultado do exame- assinto

-Poderia colocar ela em algum quarto próximo ao da minha filha?

-Sim, vou ver se o quarto ao lado está disponível- assinto, dou um beijo na testa da Tainá e vou para o elevador

Entro e aperto o número do andar que a Isa está, enquanto o elevador sobe, sinto meu corpo relaxar mais, as portas do elevador se abrem e eu saio a procura do quarto que ela está

Encontro e bato na porta antes de entrar, a Anne está deitada no sofá minúsculo dormindo e a Andressa sentada em uma cadeira de rodas ao lado da Isa segurando a sua mão

-Ei- digo baixinho e ela me olha com os olhos vermelhos, me agacho ao lado dela que coloca a cabeça no meu ombro e começa a chorar

-Me-me des...culpa- ela diz soluçando

-Ei, calma- passo minha mão pelo seus cabelos -A Isadora está bem e é isso que  importa, não tinha como você adivinhar que tudo isso ia acontecer, calma- beijo seus cabelos

Ela respira fundo e se afasta de mim, olha para a porta procurando a Tainá, enquanto seca o rosto, eu fico em pé e olho para minha pequena que está pálida, com uma cânula no nariz e com alguns fios ligados nela

-Onde está a Tainá- a Andressa pergunta baixo, com a voz um pouco rouca

-Provavelmente no quarto aqui ao lado- me sento na cama e seguro a mão da Isa

-O que? mas...

-Ela desmaiou quando soube, só comeu hoje de manhã antes de a gente viajar- digo

-Ah, certo, vou ver ela- a Andressa diz se afastando, ela manobra s cadeira para a saída -A Anne não saiu daqui, acorde ela e peça para ela ir para casa assim que ela acordar

-Vou pedir, obrigada Andressa

-Ela é minha neta Arthur, eu dou minha vida por ela se necessário

-Eu sei- vou até ela e abro a porta

-Obrigado- ela sai do quarto e eu fecho a porta

Volto para a cama e coloco uma cadeira próximo, me sento e começo a mexer nos cabelos dela

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Tainá

Sinto os meus olhos cansados, e pesados, o teto branco me faz lembrar aos poucos onde estou

Respiro fundo e sinto alguém tocar a minha mão, olho para o lado e vejo a Andressa na cadeira de rodas que me olha e sorri fraco

-Como você se sente menina?

-Como se tivessem me esmagado- acabo sorrindo fraco -E a Senhora?- ela me dar um olhar severo

-Estou bem na medida do possível- ela da de ombros

-O Arthur onde está?- me sento e sinto uma dor no meu braço direito onde o soro está e resmungo

-Está no quarto com a Isadora

-Eu quero vê-la

-Eu sei que quer, mas você ainda tem que se recuperar- acabo bufando -Ok, já  percebi que isso é definitivamente um não, vou pedir uma cadeira de rodas para você- ela diz e eu assinto

Ela sai do quarto e minutos depois uma enfermeira entra, ela olha uma prancheta que está nos meus pés

-Ok Senhora Martins, vou tirar o seu soro e pegar uma cadeira de rodas, imagino que ainda se sinta fraca, certo?- ela pergunta gentil e eu assinto -Vou deixar você sair da quarto com a garantia de que irá comer uma sopa daqui a pouco

-Tudo bem- digo e dou de ombros, ela sai e retorna com uma cadeira de rodas para mim e me ajuda a sentar nela

-Dona Andressa, tem o homem lá fora lhe procurando, ele se chama Louis- a enfermeira fala e a Andressa sorri

-Obrigada por isso- ela diz e sai do quarto, acabo rindo e a enfermeira também

Ela me guia até o quarto da Isa, abre a porta e de imediato vejo a o Arthur dormindo com o rosto no colchão enquanto segura a mão da Isa

Ah minha menina

Lágrimas enchem meus olhos

-Ei- escuto a voz rouca a Anne


Continua...

Uma Nova Chance (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora