“Palavra (do latim parábola, que por sua vez deriva do grego parabolé) pode ser definida como sendo um conjunto de letras ou sons de uma língua, juntamente com a ideia associada a este conjunto. A função da palavra é representar partes do pensamento humano, e por isto ela constitui uma unidade da linguagem humana".
Desde que o mundo é mundo, a comunicação falada, escrita ou até mesmo desenhada, se fazem presente no cotidiano do homem. Somos capazes de formar conjuntos de Palavras tão belas, e tão sinceras, e tão emocionais... e somos capazes de dar isso como presente, esse pedaço íntimo de nós, ao mundo ou a alguém. Mas nem sempre o que dizemos é o que deveríamos ter dito (não naquele momento) ou o que deveríamos dizer fica preso em nossas gargantas como uma bola bilhar... nos sufocando (então o momento passar) ...E esse é um peso que só as Palavras possuem em nossas vidas. Num instante elas são capazes de nos dar força, asas para voar... e num outro, elas mal proferidas ou mal interpretadas, são capazes de nos destruir.
Palavras ditas requer dois pré-requisitos: discernimento e audição (e não é apenas um dos 5/6 sentidos que possuímos). Pois quando elas, as palavras, passam por nossos ouvidos, deveria existir um “delay” em nossas emoções... já que respondemos muito mais rápido por instinto do que por prudência. O que me leva a uma questão:
O quanto somos capazes de ouvir?
Uma professora de gramática portuguesa no ginásio, por muitas vezes falou que nós possuímos uma boca e dois ouvidos; e que com eles, deveríamos falar menos e ouvir mais. Ela dizia isso para deixarmos de fazer bagunça e prestar atenção na aula, mas ainda hoje, percebo que essa é uma tarefa muito conflitante, algo difícil de seguir à risca... principalmente quando estou nervosa.
E com esse pensamento, acabo de criar um jogo... vamos jogar?!
Respire devagar... puxe todo o ar pelas narinas... solte-o... reflita sobre todas as vezes que você venceu uma discussão. Se veja em suas memórias... se concentre nos vários flashes em sua mente... não tenha pressa, leve o tempo que precisar... Só seja objetiva!
Quantas vezes você sentiu satisfação em estar certa? _________; Quantas vezes valeu a pena estar certa? _________; Quantos troféus você ganhou por estar certa? __________; Agora diga: As brigar que perdeu te marcaram mais das que você ganhou? _________.
Parabéns pelas respostas sinceras. E a moral do jogo?! Explico com um trecho da canção “Perdendo os Dentes” do Pato Fu: “As brigar que ganhamos, nenhum troféu como lembrança pra casa eu levei. As brigar que perdi, estas sim, eu nunca esqueci. Eu nunca esqueci.” Às vezes, deveriamos apenas deixar de lado... deixar quieto... ter alto controle para não jogar mais lenha na fogueira. Mesmo estando certa... as vezes, só precisamos encontrar outro momento para conversar melhor... com calma. E isso não se chama covardia ou falta de orgulho..., se chama maturidade.
E por falar em conversa, se ainda houver Palavras a serem ouvidas, permite-as entrar..., e sendo sincera, elas podem fazer moradia em você (ou não) é um risco... uma questão de Escolha, seja da Razão ou do Coração...; E se ainda houver algo a ser dito, diga! Não continue alimentando um monstro chamado “E se”, mesmo que as Palavras e Atitudes estejam andando por lados opostos... seguindo na contramão... encontre um momento e diga...! Não vivemos para sempre, lembra?!
No entanto, me ocorreu algo agora... esqueci de perguntar: Você está disposta? ...Hmmm, ok! Já ouviu falar em felicidade vazia? Ela nos deixa bem por algumas horas, e ficamos extasiados... de mente nula... o que é um alívio, não é verdade?! Mas ela é apenas momentânea... e para continuarmos nutrindo-a, damos-lhe noites e bebidas e qualquer outra porcaria que entorpeça... só que há algo dentro de nós que persiste... intacto... sólido... indestrutível... E uma realidade se constata: O sentimento (seja lá qual ele for) dorme embriagado em nós e acordar de ressaca em nós... e ambos sóbrios, percebem que não correram para lugar algum. Permanecendo atrelados um ao outro...
Palavras... sejam elas saídas de um livro... sejam elas cantadas em uma canção... sejam elas tacadas em nossa cara como pedras... sejam elas quais forem, têm o poder de nos marcar...
indubitavelmente...
Mas o quanto você permite que elas lhe afetem?
...Demonstre!
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O Quebra-Cabeça da Vida
PoetryÀs vezes, uma simples palavra pode mudar o nosso dia, nossa semana ou nossa vida. Se algumas dessas palavras que encontrar aqui tiver esse efeito, já vai ter valido a pena compartilhar minha experiências. E se você estiver procurando uma palavr...