"O Jardim das Borboletas "

7 0 0
                                    

●"A pessoa que você é não se resume em um nome, mas sim em uma história e eu preciso conhecer a sua."

●"À noite, o Jardim era um lugar de sombras e luar, onde se podia ouvir com mais clareza todas as ilusões que o transformavam naquilo que era. Durante o dia havia conversas e movimento, às vezes jogos ou canções, e isso disfarçava o som dos canos a transportarem água e nutrientes através dos canteiros, das ventoinhas que faziam circular o ar. À noite, a criatura que era o Jardim largava a sua pele sintética para revelar o esqueleto por debaixo."

●"Coisas bonitas têm vida curta, ele havia me falado na primeira vez que nos encontramos. Ele se encarregava de que fosse assim e depois se empenhava em dar a suas Borboletas um tipo estranho de imortalidade."

●"Algumas pessoas desabam e nunca mais levantam. Outras recolhem os próprios cacos e os colam com as partes afiadas viradas para fora."

●"Não fazer uma escolha é uma escolha. Neutralidade é um conceito, não um fato. Ninguém vive a vida desse jeito, não realmente."

●"Meus segredos são velhos amigos. Eu me sentiria uma péssima amiga se os abandonasse agora."

●"- Maya - ele gemeu, passando as mãos pelas laterais de meu corpo. - Você é Maya agora. E minha."

●"Colecionadores não deixam as borboletas voando livres. Isso contraria o propósito da coisa."

●"Aniversários, assim como os nomes, eram esquecidos no Jardim. Quando conheci melhor as outras garotas, pude perceber que todas eram bem novas, mas idade não era algo que era perguntado. Não era necessário. Em algum momento todas iríamos morrer, e os corredores eram como lembretes diários disso; então, para que aumentar a tragédia?"

●"É preciso ficar claro que eu não dei esse nome a ele nem por medo nem respeito, tampouco por um sentimento distorcido de posse. Aliás, não fui eu quem dei a ele esse nome, e ponto-final. Como qualquer outra coisa naquele lugar, foi algo inventado do alto de nossa ignorância. O que não era sabido foi criado, o que não foi criado acabou deixando de ter importância. É uma forma de pragmatismo, acho eu. Pessoas carinhosas e amorosas que precisam desesperadamente da aprovação dos outros acabam sendo vítimas da síndrome de Estocolmo, já o resto de nós se rende ao pragmatismo. Por já ter vivenciado as duas possibilidades, sou a favor do pragmatismo."

Citações de LivrosOnde histórias criam vida. Descubra agora