-Secador-Nobamaki¡

- Capítulo único-

   Sinceramente, a zen'in não ligava muito para produtos de beleza, sim, era isso. A mulher de cabelos ppreto-esverdeados estava muito mais concentrada em seus estudos.

   Mas sua namorada não, a Nobara prezava por sua beleza, e a outra queria que ela considerasse os estudos o tanto em que ela considera sua aparência física. Não que ela ficasse para trás em alguma matéria, era considerada até inteligente, o suficiente para ter notas acima da média e conseguir um emprego bom.

   As duas cursam a mesma faculdade em cursos diferentes, advogada e psicologia, algo que facilitava as duas se verem durante os intervalos ou uma simples ida ao banheiro.

   Agora, como a melhor estudante de advocacia estava sentada em sua cama, apenas de toalha, observando as costas torneadas da namorada que ao menos se vestiu, ligar o tão temido aparelho, que há alguns anos atrás durante o dia de sua formatura declarou como seu pior inimigo?

   — Vamos amor, não precisamos ser tão drásticas é só esperar o cabelo secar naturalmente, certo? — Falou com calma a garota de olhos pretos, vendo a de cabelos castanhos virar com um sorriso no rosto que consideraria adorável,dependendo da situação.

   Por Deus, Kugisaki ao menos vestiu uma blusa, e se a irmã de Maki, Mai, entrasse no quarto das duas? Trágica hora em que deixou a sua gêmea Zen'in morar junto consigo, o que seria da cara da garota de cabelos pretos-esverdeados se sua irmã visse sua namorada andando de roupas íntimas pela casa?

   — É necessário sim! Vamos lá, você não vai morrer por um secador, finalmente aceitaram a papelada do Restaurante do Sukuna, o Itadori está feliz e nos chamou, você faria essa desfeita? — Quando finalmente conseguiu achar uma tomada compatível com a extensão, o sorriso foi inevitável com a descoberta.

   — Na verdade, eu morreria de tanta gostosura de ver você andando semi-nua pela casa — Maki sorriu ao conseguir captar as bochechas da outra ficaram levemente vermelha, o que fez a mesma virar o rosto fingindo estar muito ocupada em separar o que usaria.

   A verdade é que não importa quanto tempo passe, a zen'in ainda amava envergonhar a namorada com seus elogios do nada, com o passar dos anos em que namorou a garota — todos os cinco — que agora não era mais a garota mais popular do ensino médio, e sim a garota mais popular da faculdade percebeu que gostava de elevar um pouquinho mais a alto estima da parceira que de acordo com seus amigos, já era alta até demais.

   Para Kugisaki se auto-elogiar é uma coisa, mas receber um elogio de quem ama é outra. Se sentia estúpida por corar com tão quanta coisa, já que a mulher sentada em cima da cama obviamente havia a visto nua mais vezes em que podia contar nos dedos.

   — Se o baderneiro do Sukuna não tivesse um histórico ruim e não fosse tão sarcástico, eu teria tido um pouquinho de compaixão por ele e ajudaria ele a conseguir a papelada mais rápido — Fez uma pausa para falar — E se vou, prefiro estar arrumada, não com o cabelo bagunçado.

    — O lado ruim de você ser advogada é que você tem resposta para tudo, é algo como "Você deve permanecer calada e tudo que você disser será usado contra você no tribunal"? — Nobara diz buscando o pente de cor roxa em cima da cômoda, se virando para olhar nos olhos pretos da outra que a encarou na mesma intensidade.

    Se ficassem se encarando assim por muito tempo, esse assunto sobre Advogados e secadores iria parar sobre os cobertores brancos da superfície macia da cama.

   — Pensando melhor, não é bem advogados que falam isso não vida... — Quando o barulho alto do secador de cabelo se fez presente, fazendo assim a zen'in acordar para vida, vendo que já não teria mais nenhuma escapatória ou argumentos totalmente válidos que seriam reduzidos a zero para escapar das mãos da namorada.