TE LLAMO - UM NOVO TEMPO PARA AMAR

3 - A GRUTA

Escrita com DallowayRuffo31 ❤️

- Inês... Eu... — Victoriano a olhou nos olhos — Me desculpa, eu não queria te atrapalhar. Eu só queria pedir desculpa por ter te dado trabalho no jantar.

- Não me atrapalha... — apontou a cama vazia. — Estou sozinha mais uma noite. E você não me deu trabalho nenhum, seu irmão que estragou tudo. Mas me diz uma coisa, gostou da comida?

Ela perguntou com um sorriso terno nos lábios, deixou a santinha em cima da cômoda e o olhou nos olhos. Estavam só os dois ali e ela se sentia mais livre.

- Que delícia... — A olhou com atenção e sorriu levemente — A comida estava uma delícia Inês. — Entrou no quarto — Notei que você ficou desconfortável com a minha presença.

- Não foi... Não foi com sua presença, mas sim pelo que aconteceu mais cedo. — falou receosa se aproximando. — Victoriano, você não vai falar ao seu irmão, não é? Eu não fiz por mal e nem sei porque fiquei daquele jeito.

- Ei... — Tocou o rosto dela e acariciou — Eu nunca, jamais faria algo para te prejudicar, tá bom? O que aconteceu foi erro meu, e eu não vou contar a ninguém.

- Obrigada! Você é um anjo! — o abraçou forte deitando a cabeça no peitoral dele, era toda delicada e carinhosa. — Eu fiquei com medo. Se ele me expulsar daqui, não tenho onde cair morta, não tenho família e nem um cantinho meu. Tudo que eu tenho é isso, é do seu irmão.

- Ei, você é muito mais do que ele diz que você é. — Acariciou os cabelos dela e beijou a cabeça dela — Descansa, amanhã você e o Loreto se resolvem e eu logo vou embora.

- Vai embora por minha culpa? — agarrou mais ele, não queria que ele fosse embora.

- Não Inês, eu vou embora porque eu tenho uma vida lá fora. — Falou calmo a abraçando — Ah Inês, eu queria te colocar dentro da mala e te levar comigo.

- Só porque eu sou pequena quer me colocar numa mala? — sorriu acariciando as costas largas dele. — Victoriano, como é lá fora? Como são as pessoas e as coisas?

- Lá fora? — Sentou na cama e a sentou em seu colo — Lá fora tem gente que se veste de todo o jeito possível, e todo tipo de comida e pessoas.

- De comida eu sei, mas as pessoas? Como são as roupas e como elas se comportam? Devem ser todo mundo educado... — suspirou imaginando como era o mundo além dos muros da fazenda.

- Bom, são as roupas das mais simples as mais loucas. — Sorriu a olhando nos olhos e acariciou o rosto dela — É tudo incrível.

- Um dia eu vou ser uma empresária de sucesso, vou andar que nem a sua mãe andava, toda chique. — mexeu no bigode dele e sorriu, era cheia de sonhos. — Você vai ver só, eu vou sair daqui!

- Você vai sim moreninha, você vai ser tudo o que quiser. — Apertou o nariz dela e a olhou nos olhos.

- E você vai conseguir ter o seu próprio negócio, a sua empresa, grandão! — mordeu o dedo dele e sorriu.

- É... Eu vou sim. — Tocou o rosto dela a olhando nos olhos — Você tem um cheiro tão bom.

- Eu passo um perfume bem cheirosinho. — se esticou pegando o perfume e mostrou a ele.

- É muito cheiroso. — Cheirou o pescoço dela fechando os olhos.

- Espera, deixa eu te cheirar também. — colocou o rosto próximo ao pescoço dele e cheirou, deu um beijinho o abraçando mais enquanto afundava seu rosto ali. — Que cheiro gostoso, Victoriano!