1 - O ENCONTRO

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Oi meninas, boa noite!
Mais uma história novinha e escrita com muito amor para vocês. ❤️
Escrita com DallowayRuffo31
•2021•

      Com o olhar direcionado para o céu que estava limpo, sem nenhuma nuvem, Victoriano Santos respirou profundamente preenchendo seus pulmões com aquele ar puro e fechou os olhos sentindo a brisa daquela manhã fresca. Ele se encontrava  montado em seu cavalo e ao abrir os olhos, observou as águas percorrerem seu caminho do alto da cachoeira até a queda, olhou para a entrada da gruta e um leve sorriso brotou em seus lábios. A saudade de momentos ali vividos que não regressariam do seu passado, de pessoas que ao passar o tempo ele foi perdendo pouco a pouco. Ele lembrou de momentos bons, mas também não pode evitar lembrar dos ruins. Mas suas lembranças embaralhadas vão até ela, sempre voltam nela.

  •Dezembro/2000•

Era tarde de um domingo chuvoso, depois de ter escapado de casa e das obrigações que tinha por ser uma mulher recém casada, Inês estava sentada na beira do lago que ficava ao lado dos estábulos, escondida em meio aos arbustos ela jogava pedrinhas na água com seus pensamentos distantes, admirando aquele dia cinza que se parecia com seus pensamentos.

Apesar da idade, por ter sempre crescido no interior e nunca ter saído dali, Inês tinha um olhar inocente de menina, um sorriso doce e um coração bondoso. Não via maldade nos outros.

     Victoriano chegou andando segurando suas duas malas, uma em cada mão, abriu o portão e olhou ao redor procurando vestígios de seu irmão naquela propriedade que também o pertencia. Ao se aproximar da porta uma empregada logo o interrompeu e o olhou com curiosidade.

- Pois não? Com quem o senhor deseja falar? — O olhou e olhou as malas que estavam suas mãos.

- Eu vim falar com o meu irmão, eu sou Victoriano Santos. — Falou sério a olhando e colocou as malas no chão — Pode chamá-lo?

- Santos? — Sorriu colocando uma mecha do cabelo atrás de sua orelha — O senhor Loreto não se encontra, só a esposa dele.

- Chame-a então. — Respirou fundo, estava cansado da viagem que havia sido longa.

- O senhor deve estar exausto, não é? — Se aproximou tentando pegar uma mala dele, queria a atenção do homem a todo custo. — É melhor entrar e ficar esperando aqui dentro, a senhora Inês deve estar enfiada no meio do mato como sempre.

Ela falou com certo desdém na voz, que não passou despercebido por Victoriano.

- Quer tomar alguma coisa enquanto eu vou atrás dela? — arrastou a mala até o centro da casa e o olhou, colocando as mãos na cintura.

- Para ser sincero, eu estou bem cansado sim, mas ainda assim prefiro falar com a senhora da casa antes de me acomodar. — Falou sério sem querer dar muita confiança para a empregada — Se puder avisá-la que eu estou aqui.

- O senhor é irmão do marido dela, então essa casa também é sua. — mordeu o canto do lábio. — Eu volto rapidinho com a sua cunhada.

Débora ajeitou os seios na roupa e saiu, deixando a porta aberta. Já sabia muito bem onde Inês estava, e não demorou muito para chegar até o lago.

- Senhora Inês? — A chamou em voz alta.

Inês não estava tão longe dali, se encolheu mais ainda atrás dos arbustos e suspirou frustrada quando um pequeno galho quebrou e os olhos espertos de Débora foram em cima dela.

- O meu marido já voltou da cidade, Débora? — Ela se levantou limpando o vestido que usava.

- O senhor Loreto ainda não chegou, mas o irmão dele está aí de mala e tudo. — Débora falou a olhando e forçou um leve sorriso para Inês — Quer falar com a senhora da casa .

TE LLAMO - UM NOVO TEMPO PARA AMAROnde histórias criam vida. Descubra agora