Capítulo 9 - Por Homeworld

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Notas do Autor
Aviso: Este capítulo contém cenas fortes de violência.

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Ametista estava em seu quarto, deitada em uma cama cujo colchão havia buracos com molas saltando por eles. Rodeada por seu lixo ela ficava mais à vontade e sabia que dificilmente seria interrompida.

Com o tablet de Peridot na mão, procurava a parte do relato de Red Diamond que Pérola havia pulado.

Ametista: Achei! - disse triunfante - Vamos lá!

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De Homeworld fui para o tal planeta. Em um instante eu já estava em seu solo escuro e arenoso.

Olhei para a bolha em minha mão. Pérola estava bem. Procurei um lugar para me esconder e desembolhá-la com segurança.

Em algo que parecia ser uma caverna eu a soltei de minha bolha e assisti enquanto sua joia brilhava e ela reestabelecia sua forma física com graça e beleza.

Eu: Você está bem? - perguntei preocupada.

Pérola: Estou, my diamond.

Eu: Olha, nós vamos entrar numa guerra aqui, então me chame só de Red, está bem? É mais fácil, rápido e assim nenhum deles vai saber que eu sou uma diamante. Se essa informação de alguma forma vaza para fora desse planeta pode ser que nos cause problemas futuros.

Pérola: Entendido... Red.

Ouvi-la dizer meu nome me fez sorrir automaticamente e por alguma razão ela sorriu de volta. Mas momentos ternos à parte, nós estávamos lá para uma missão.

Eu: Fique aqui. Eu vou olhar o que existe ao nosso redor e já volto. - Pérola apenas assentiu com a cabeça e eu voei para o alto enquanto diminuía cada vez mais de tamanho. Se algum ser vivo me visse iria me confundir com algum tipo de animal minúsculo.

O planeta era escuro. O chão poroso e duro. Tudo o eu podia ver eram extensões de terra negra sem nada de especial e ao longe, na direção da entrada da caverna onde estava Pérola, podia ver sombras grandes e pontudas como se fossem prédios tortos de base larga e topo fino, mas depois descobri que eram grandes cristais que brotavam do chão, que o nativos transformavam em moradia. Voltei à caverna aumentando ao tamanho normal.

Eu: Não gosto desse lugar. - disse à Pérola tentando pensar no meu próximo passo.

Pérola: Encontrou alguma coisa? - ela me perguntou apreensiva e ao mesmo tempo pude notar que em sua voz já não havia mais aquele tom servil, o que me deixou mais à vontade.

Eu: Nada. Esse é o problema. Eles tem alta tecnologia e armas poderosas. Aqui - disse indicando a nossa localização - não há nenhum indício a vista nem de que haja vida! Vamos ter que andar. Eu acho que vamos achar algo para lá - apontei os cristais - Mas tenho a sensação que logo será uma batalha atrás da outra, então eu preciso saber: você pode lutar?

Rapidamente ela fez sua joia brilhar e dela retirou uma linda lança de cristal transparente. Pérola a girou em seus dedos com habilidade e pousou a lâmina em meu pescoço. Aquela Pérola era atrevida e eu estava gostando disso.

Pérola: Ouvi dizer que você tinha uma alta estima por pérolas, mas parece que nos subestima como todo mundo.

Eu: Não subestimo vocês, apenas nunca tive a honra de vê-las sendo quem realmente são e fazendo tudo o que podem fazer, além do que já fazem. - não resisti e tirei a lança de meu pescoço a girando com força para o lado enquanto trazia Pérola de costas para mim e a prendia contra meu corpo com sua própria arma - Se puder me mostrar, adoraria ver o que uma pérola pode fazer.

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